Destroços, roupas e objetos pessoais espalhados pela pista da BR-116, em Teófilo Otoni, onde ônibus, carreta e caminhão bateram, causando a morte de 41 pessoas -  (crédito: CBMMG)

Destroços, roupas e objetos pessoais espalhados pela pista da BR-116, em Teófilo Otoni, onde ônibus, carreta e caminhão bateram, causando a morte de 41 pessoas

crédito: CBMMG

Mais uma vítima do acidente envolvendo um ônibus e uma carreta na BR-116, em Teófilo Otoni, na Região do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, foi identificada pela Polícia Civil (PCMG). Com essa identificação, o total de vítimas reconhecidas sobe para 37, conforme informações divulgadas pela corporação neste sábado (4/1).

 

Dos corpos identificados, 34 já foram retirados do Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, pelos familiares. O acidente, que resultou na morte de ao menos 39 pessoas, ainda é alvo de investigações conduzidas pela Polícia Civil.

 

"A PCMG reforça que o acolhimento aos familiares e os esclarecimentos sobre o processo de identificação e liberação dos corpos continuam a ser realizados pelo setor de assistência social do Instituto Médico Legal, pelo telefone (31) 3379-5059", informou a corporação em nota oficial.

 

 

Tecnologia para desvendar a dinâmica 

 

No dia 26 de dezembro, uma equipe da Polícia Civil esteve no local da colisão para realizar a coleta de dados por meio de um scanner 3D. Esse equipamento possibilita a criação de modelos virtuais que simulam a dinâmica do acidente.

 

O delegado Amaury Albuquerque afirmou, em coletiva de imprensa, que ainda é cedo para apontar a causa exata do desastre. As investigações seguem em andamento, sem prazo para conclusão. Há indícios, segundo a polícia, de que a carreta transportava carga acima do peso permitido, mas todas as hipóteses estão sendo analisadas.

 

Entenda o acidente 

 

Na madrugada de 21 de dezembro, um ônibus da empresa Emtram, que transportava 45 passageiros de São Paulo para a Bahia, colidiu com uma carreta carregada com um bloco de granito. O impacto, seguido por um incêndio, envolveu também um carro de passeio que colidiu na traseira do caminhão, deixando os três ocupantes feridos.

 

Inicialmente, a principal hipótese levantada era o tombamento do semirreboque da carreta, o que teria provocado a batida frontal do ônibus com a rocha transportada. Contudo, um novo depoimento do motorista Aldimar Ferreira Ribeiro, de 61 anos, que não estava envolvido no acidente, mas aparece em uma filmagem nas proximidades, sugere que a carreta estaria em alta velocidade e o teria ultrapassado pouco antes da colisão.

 

Por outro lado, o condutor da carreta, que fugiu do local e se entregou à polícia dois dias depois, atribuiu o acidente ao estouro do pneu do ônibus. Segundo ele, a perda de controle do coletivo foi o estopim da tragédia.

 

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O motorista da carreta foi liberado após prestar depoimento na sede do 15º Departamento de Polícia Civil, em Teófilo Otoni, acompanhado de advogados. De acordo com sua defesa, ele teria fugido por ter entrado em estado de pânico.