Uma história inusitada ocorreu com policiais militares do 49º Batalhão, em Venda Nova, Belo Horizonte. Na última sexta-feira (3/1), a equipe encontrou na Rua Padre Pedro Pinto uma bolsa feminina com aproximadamente R$ 1.500. O dinheiro pertencia a uma idosa de 82 anos, que havia perdido a aposentadoria.
Ao Estado de Minas, o sargento responsável pela entrega dos pertences, Daniel Resende, contou que, no início do expediente, parte da equipe se deslocou a pé até a base móvel. No trajeto, os militares avistaram a bolsa próxima a uma banca de jornais. Como a região é conhecida por ocorrências de furto, os policiais abriram a bolsa e encontraram o montante.
“A sargento [que encontrou o material] abriu a bolsa e, ao procurar algo, como documento ou conta, que identificasse o proprietário do dinheiro, encontrou um extrato bancário de benefício com o nome da senhora Eugênia”, conta Resende.
Em posse da possível identificação da dona da bolsa perdida, a equipe procurou no sistema, mas só havia contatos antigos. Por isso, Resende decidiu ir até a agência bancária, que constava no documento encontrado entre os pertences, para tentar obter alguma informação. “No banco, um colaborador, apesar de estar próximo ao horário de fechamento, conseguiu encontrar o telefone da pessoa e um possível endereço dela.”
Surpresa
No endereço, Dona Eugênia atendeu aos militares com receio. Ao ser questionada se havia perdido algo naquele dia, ela contou que ficou sem seus documentos e o pagamento. Ainda segundo o sargento Resende, ele pediu à mulher que mostrasse algum documento de identificação.
“Quando ela foi procurar, eu aproveitei e testei se a chave, que estava dentro da bolsa, abria o portal da casa, para me certificar de que estava no lugar certo. Aí, coloquei no trinco, e ela rodou direito. Pensei: ‘opa, tô no caminho certo’”, lembra o militar.
Ao mostrar o documento, ainda receosa, Dona Eugênia perguntou aos policiais para que precisavam da identificação. Ao receber a notícia de que o dinheiro foi encontrado, a aposentada ficou esmorecida.
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“Ela perguntou que dinheiro era aquele, questionando se a gente estava brincando com ela. Aí, nós contamos que encontramos a bolsa. Na hora, ela deu uma desfalecida e disse que era o dinheiro do mês e não sabia como iria comer. Aí, nisso, quase eu fui também”, conta Daniel Resende. Os militares então entregaram os pertences à senhora e pediram que, da próxima vez, ela tomasse mais cuidado.