A capital mineira pode registrar chuvas de até 60 mm neste sábado (4/1) -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A capital mineira pode registrar chuvas de até 60 mm neste sábado (4/1)

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O início de 2025 tem sido marcado por chuvas intensas para os moradores de Belo Horizonte. Só nos oito primeiros dias do ano, algumas regionais da capital já registraram quase 50% do volume pluviométrico esperado para todo o mês de janeiro.

 

 

Até o momento, segundo o balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil de Belo Horizonte, a Regional Noroeste é a mais chuvosa, com um acumulado de 155,2 mm, o que corresponde a 46,9% do volume esperado para o mês. Em seguida, estão as regionais Centro-Sul, Barreiro e Oeste, respectivamente. Veja os índices pluviométricos registrados em todas as regionais da capital mineira:

 

 

Regional Volume de chuvas entre os dias 1 e 8
Barreiro 144,6 mm (43,7%) 
Centro Sul 152,0 mm (45,9%) 
Leste 105,2 mm (31,8%) 
Nordeste 85,8 mm (25,9%) 
Noroeste 155,2 mm (46,9%) 
Norte 85,2 mm (25,7%) 
Oeste 136,2 mm (41,2%) 
Pampulha 80,8 mm (24,4%) 
Venda Nova 81,2 mm (24,5%) 

 

Os índices de chuva acima do normal em Belo Horizonte têm relação com as mudanças climáticas? A doutora e professora do curso de Engenharia Ambiental do UniBH, Elizabeth Rodrigues Ibrahim, explica que determinados fatores apontam para um "sim". 

 

 

O aumento da temperatura global, relacionado diretamente aos gases de efeito estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis, altera o ciclo de evaporação da água, estimula o degelo nas regiões mais frias e afeta a emissão de radiação de calor na Terra. Esses fatores tendem a potencializar a formação de chuvas, tornando-as mais frequentes, violentas e menos previsíveis.

 

 

"As mudanças climáticas estão atreladas ao comportamento humano, desde a forma de uso e ocupação do solo – como o descarte incorreto de resíduos e desmatamentos irregulares, uma vez que as alterações climáticas e meteorológicas são afetadas pelas nossas ações – até situações naturais do ambiente", esclarece Ibrahim.

 

"Atualmente, o maior desafio é conscientizar o cidadão sobre a importância da gestão pública e privada focada em tecnologias sustentáveis e ambientalmente corretas", complementa a professora.

 

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