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Sequestrador de ônibus em Contagem teve que ser sedado pela polícia
Negociação durou três horas. Após libertar refém, homem foi atingido por arma de choque, uma vez que continuava agitado e ameaçava se matar
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Siga noO homem, de 36 anos, que sequestrou um ônibus metropolitano e manteve uma pessoa refém em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, teve que ser sedado pela equipe médica do Serviço de Atendimento Médico de Saúde (Samu) no início da tarde desta terça-feira (28/1). Ele foi preso depois de três horas de negociação.
O suspeito foi detido depois de ser atingido com uma arma de choque. De acordo com o coronel PM Flávio Godinho, o uso da força foi necessário uma vez que, mesmo após a liberação do refém, o sequestrador se manteve alterado.
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Ainda conforme o militar, o sequestrador continuou afirmando que queria se encontrar com o filho. Ele então teria tentado se enforcar.
“A negociação, que muda a cada momento, começou a ficar mais crítica no momento em que a vítima saiu e o sequestrador ficou sozinho. Ele pegou o fio de dentro do ônibus, passou pelo pescoço e começou a querer se suicidar. Para preservar a vida dele, que a nossa intenção a todo momento é preservar a vida dos dois, foi necessário que os militares do Bope, que estavam dentro do coletivo, fizessem o disparo de taser”, afirmou Godinho.
O suspeito foi encaminhado pelo Samu para o Hospital Municipal de Contagem. Ele está sendo escoltado e acompanhado por uma irmã.
Refém
Momentos antes da prisão, um refém de 58 anos foi libertado pelo sequestrador. A ocorrência começou por volta de 10h30. O coletivo voltava do Centro de Belo Horizonte e, quando chegou ao Bairro Nacional, já em Contagem, o sequestrador mandou o motorista do coletivo descer. "Nesse momento, ele pegou um passageiro, apontando-lhe uma faca, e mandou que assumisse a direção", contou o coronel Flávio Godinho, comandante da 2ª Região da Polícia Militar (RPM).
Durante o período de negociação, o sequestrador informou aos policiais que seu objetivo era ver o filho, que ainda é bebê. O local onde o ônibus parou ficava ao lado da clínica de estética onde sua ex-companheira trabalha. "Ele alega que tem tempo que não vê a criança", disse Godinho.
Assim que foi liberada, a vítima foi atendida pelo Samu, mas se negou a ir ao hospital. Por estar em estado de choque, ele foi levado para casa, junto a policiais militares, para encontrar a família. Em seguida, ele será levado à delegacia da Polícia Civil para prestar depoimento.
A ocorrência
Um dos passageiros do ônibus sequestrado contou o que aconteceu no momento da invasão. Ao Estado de Minas, Marcelo Júlio, de 37 anos, disse que estava de folga e voltava de Belo Horizonte quando foi abordado pelo suspeito.
Depois de ser liberado pelo sequestrador, já do lado de fora do coletivo, o vendedor disse que resolveu acompanhar o desenrolar da história e seguiu o veículo até a Rua Quintino Bocaiuva. "Havia cerca de 15 pessoas dentro do ônibus no momento do sequestro”, disse.