O presidente Vladimir Putin, da Rússia, afirmou nesta sexta-feira (22/11) que ordenou a produção em série do míssil supersônico chamado “Oreshnik” (“avelãzeira”, em russo), que foi lançado pela primeira vez na quinta para bombardear a cidade ucraniana de Dnipro. O disparo ocorreu como forma de resposta aos bombardeios ucranianos com mísseis ocidentais. O Oreshnik, que não continha carga nuclear, atingiu uma fábrica de mísseis na região do centro-leste.
O míssil se caracteriza por ser um balístico de alcance médio, podendo alcançar alvos de 3.000 a 5.500 km de distância e também é equipado com manobras de ar que dificultam a interceptação. Apesar de ainda ser considerado um armamento experimental e em processo de testes, Putin não demonstrou receio em utilizá-lo, caso veja a necessidade.
"Prosseguiremos com estes testes, inclusive em condições de combate, em função da situação e da índole das ameaças para a segurança da Rússia", disse. Antes de ser lançado na quinta, não se sabia se as forças russas o tinham de fato.
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No vídeo, que foi divulgado no perfil do X do ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, o míssil hipersônico apresenta clarões de luz e logo após uma explosão. Ele registra o momento em que o Oreshnik atinge o território Ucraniano.
Assista ao vídeo:
O presidente afirma que o desenvolvimento deste armamento é de extrema importância para o país em decorrência das potenciais ameaças que surgem. Ele ainda garantiu que Moscou possui um arsenal pronto para uso e que nenhum outro país do mundo detém essa tecnologia.
Ameaça intercontinental
Mesmo não sendo classificado como de longo alcance (de alcance superior a 5.500 km), se lançado do extremo leste russo, o Oreshnik poderia levar perigo à costa oeste dos Estados Unidos.
Durante a Guerra Fria, em 1987, Rússia e Estados Unidos assinaram um tratado de forças nucleares de alcance intermediário, que vetava este tipo de míssil. Em 2019, Donald Trump, à época presidente dos EUA, acusou a Rússia de fraudar o acordo e tirou Washington do tratado, assim abrindo uma “brecha” para outra corrida armamentista.
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*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer
Com informações da AFP