Um dia violento deixou 17 mortos no sábado em diferentes incidentes em Guanajuato (centro), o estado do México com mais homicídios relacionados ao crime organizado, informou, neste domingo (22), o Ministério Público local.
Três dos atos violentos foram "homicídios múltiplos", sendo que o mais letal ocorreu no município de Irapuato, onde três homens e uma mulher foram executados dentro de uma casa.
Segundo fontes policiais, as vítimas participavam de uma reunião quando homens armados invadiram a casa e atiraram nelas, ferindo também um menor de idade.
Na cidade turística de San Miguel de Allende, três homens foram mortos a tiros enquanto participavam do velório de um familiar. Quatro homens e uma mulher ficaram feridos.
O terceiro homicídio duplo ocorreu no município de Juventino Rosas, onde indivíduos não identificados atiraram em dois homens e uma mulher que saíam de fazer compras em um supermercado.
Além disso, outras sete pessoas foram assassinadas no sábado em incidentes diversos nos municípios de Celaya, Salvatierra, Valle de Santiago, León e Guanajuato.
O MP informou ter aberto uma investigação para coletar informações relacionadas aos crimes, segundo um comunicado, embora não tenha dado detalhes sobre os possíveis autores ou as causas.
Guanajuato, um centro industrial próspero que também tem várias cidades turísticas, há anos é afetado pela violência vinculada ao crime organizado.
A principal motivação é a disputa territorial entre a máfia local Santa Rosa de Lima e o Cartel Jalisco Nova Geração, um dos mais poderosos e violentos do país, que atuam no tráfico de drogas, no roubo de combustíveis e na extorsão.
Na semana passada, Ricardo Vega, um empresário de destaque do setor vinícola foi morto quando circulava em sua caminhonete pela via que liga as cidades de Celaya e Guanajuato.
Um total de 2.990 pessoas foram mortas em Guanajuato entre janeiro e 16 de dezembro passado, segundo dados oficiais, que o situam como o estado com mais homicídios em números absolutos.
A espiral de violência que sacode o México soma mais de 450.000 assassinatos desde dezembro de 2006, quando foi lançada uma ofensiva polêmica contra cartéis com a participação dos militares.
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