O desabamento no domingo de uma ponte que ligava o Tocantins ao Maranhão deixou oito mortos e nove desaparecidos, indicaram as autoridades nesta quinta-feira (26), após o resgate de outros quatro corpos no Rio Tocantins, onde foi descartado um risco significativo de contaminação.
Dois corpos foram retirados do rio Tocantins na quarta-feira, enquanto outros dois foram localizados nesta quinta-feira dentro de uma caminhonete submersa.
"Essas vítimas são de difícil acesso, vai ser difícil a recuperação desses corpos, mas já estamos analisando as imagens para traçar a estratégia de retirada desses corpos”, disse o tenente-coronel Rafael Menezes, em um vídeo enviado à AFP pelos bombeiros.
A viga central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, principal ligação entre os estados do Maranhão e Tocantins, desabou no domingo, sem que, por enquanto, se conheçam as causas.
As autoridades alertaram na terça-feira sobre o risco de contaminação, pois três caminhões que caíram no rio "transportavam 22 mil litros de pesticidas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo".
Um porta-voz dos bombeiros informou à AFP que os tanques desses caminhões estavam "intactos" após a queda.
"Os tanques estão intactos. Agora é armar estratégias para poder recuperar esse material", disse o porta-voz.
Caco Graça, supervisor da Secretaria de Meio Ambiente do estado do Maranhão, afirmou em entrevista à TV Globo que "o risco de contaminação e impacto ao meio ambiente" é "pequeno", após descartar o "pior cenário" de um vazamento de ácido sulfúrico.
Essa informação permitiu mobilizar mergulhadores de resgate para tentar localizar os desaparecidos no rio que passa sob a ponte, construída na década de 1960 e com cerca de 500 metros de comprimento.
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