Os esforços para libertar a jornalista italiana Cecilia Sala da prisão no Irã são "complicados", disse neste sábado (28) o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani. 

Sala foi presa em 19 de dezembro pela polícia de Teerã e está detida na temida prisão de Evin, segundo seu empregador. 

"Estamos tentando resolver um problema complicado e garantir que Cecilia Sala esteja detida nas melhores condições possíveis", disse Tajani. 

Questionado sobre quando ela poderá ser libertada, ele respondeu: "Espero que em breve, mas não depende de nós". 

"Ela está detida, o que não é o ideal, mas está alimentada e em uma cela individual", acrescentou. 

O gabinete da primeira-ministra, Giorgia Meloni, afirmou que ela "acompanha de perto o assunto complexo" e que o governo busca "todas as vias possíveis de diálogo" para trazer Sala de volta "o mais rápido possível".

Chora Media, uma editora italiana de podcast para a qual Sala trabalhava, informou que ela viajou de Roma para o Irã em 12 de dezembro com visto de jornalista e planejava retornar em 20 de dezembro. 

No entanto, parou de se comunicar em 19 de dezembro e não embarcou no voo. Pouco depois, ela ligou para a mãe para avisar que havia sido presa, acrescentou a empresa. 

"Ela foi levada para a prisão de Evin, onde estão detidos dissidentes, e o motivo da sua prisão ainda não foi esclarecido", disse Chora em um comunicado na sexta-feira. 

Sala também trabalhava para o jornal italiano Il Foglio, que afirmou que ela estava no Irã "para informar sobre um país que ela conhece e ama".

Sala, de 29 anos, postou pela última vez no X em 17 de dezembro, com um link para um podcast intitulado "Uma conversa sobre o patriarcado em Teerã".

Anteriormente, trabalhou enviando informações sobre a Ucrânia.

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