O envio de tropas ocidentais para a Ucrânia ajudaria a “forçar a Rússia” a assinar a “paz”, disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, nesta quinta-feira (9), afirmando que o iminente retorno de Donald Trump à Casa Branca seria um “período de oportunidade”.

Os rumores de negociações de paz têm sido frequentes nas últimas semanas, três anos depois que a Rússia invadiu a Ucrânia e depois que Trump prometeu acabar com a guerra rapidamente.

Os ministérios das Relações Exteriores da Europa e dos EUA estão considerando vários caminhos, incluindo o envio de um contingente militar para a Ucrânia para manter um cessar-fogo.

“O envio de contingentes de parceiros é um dos melhores instrumentos” para "forçar a Rússia à paz", disse Zelensky durante uma reunião na base militar dos EUA em Ramstein, no oeste da Alemanha, com a presença dos principais aliados de Kiev.

Mas a Rússia descartou essa hipótese como “prematura”.

Zelensky também enfatizou que, com a chegada de Donald Trump como presidente dos EUA em 20 de janeiro, um “novo capítulo está se abrindo para a Europa”.

“Teremos que cooperar ainda mais, contar ainda mais uns com os outros e alcançar resultados ainda mais importantes juntos”, disse ele.

“Eu vejo este período como um período de oportunidades”, disse ele.

Zelensky está na Alemanha para se reunir com os principais aliados da Ucrânia em um momento em que as forças de Kiev estão recuando na frente oriental e há temores de que os Estados Unidos possam decidir reduzir seu apoio após a eleição de Donald Trump ao poder.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou em Ramstein um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia de cerca de 500 milhões de dólares (3 bilhões de reais).

O pacote “inclui mísseis adicionais para a defesa aérea ucraniana, mais munição e mais munições ar-terra e outros equipamentos para apoiar os F-16 ucranianos”, disse ele.

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