Os preços do petróleo dispararam nesta sexta-feira (10) após o anúncio de novas sanções dos Estados Unidos e do Reino Unido contra o setor petrolífero russo.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março subiu 3,69%, alcançando 79,76 dólares, e chegou a superar os 80 dólares durante o dia.
Já o barril de West Texas Intermediate para fevereiro aumentou 3,58%, atingindo 76,57 dólares.
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira novas sanções em conjunto com o Reino Unido contra o setor energético russo, com o objetivo de atingir "a maior fonte de financiamento do Kremlin" em sua guerra contra a Ucrânia.
A poucos dias da posse de Donald Trump, em 20 de janeiro, o Departamento do Tesouro americano detalhou uma série de sanções contra duas das principais empresas russas do setor, a Gazprom e a Surgutneftegaz.
As sanções também atingiram cerca de 200 navios petroleiros e de transporte de gás que operam a partir da Rússia, considerados parte de uma "frota fantasma" de Moscou para contornar as sanções ocidentais.
Alguns desses navios estão registrados sob as bandeiras de Barbados ou do Panamá.
Londres também sancionou as duas empresas, "que produzem mais de um milhão de barris de petróleo por dia, o que corresponde a cerca de 23 bilhões de dólares anuais com o preço atual do barril".
"Isso ocorre ao mesmo tempo em que os portos chineses se recusam a carregar petroleiros do 'mercado cinza', ou seja, navios suscetíveis de transportar petróleo sujeito a sanções dos Estados Unidos", resumiu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
"Essas duas ações retiram petróleo do mercado ou limitam a capacidade do petróleo de chegar ao mercado, o que reduz a oferta", explicou o analista para justificar a alta dos preços.
O frio nos Estados Unidos também é um fator que contribui para a alta, acrescentou Lipow.
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