Os huthis do Iêmen reivindicaram, nesta quarta-feira (15), a responsabilidade por um ataque a um porta-aviões dos EUA com mísseis e drones no Mar Vermelho, onde os rebeldes apoiados pelo Irã também têm atacado navios comerciais há mais de um ano.

O porta-voz militar huthi, Yahya Saree, disse em um comunicado que o grupo havia realizado uma “operação militar (...) contra o porta-aviões americano ‘USS Harry Truman’ e vários navios de guerra que o acompanhavam no norte do Mar Vermelho”.

O porta-voz acrescentou que o ataque foi realizado “com uma série de mísseis de cruzeiro e drones” para combater uma tentativa de “realizar operações contra o Iêmen”.

Em resposta à AFP, um funcionário da defesa dos EUA disse que “todo o pessoal está são e salvo” e que “nenhum navio ou equipamento dos EUA foi danificado”, embora não tenha confirmado a veracidade do ataque.

Desde novembro de 2023, os huthis vêm realizando ataques a navios que consideram estar ligados a Israel na costa do Mar Vermelho, alegando estar agindo em solidariedade aos palestinos no contexto da guerra na Faixa de Gaza.

Esses ataques interromperam o tráfego no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, uma área crucial para o comércio mundial, levando os EUA a estabelecer uma coalizão naval multinacional e atacar alvos rebeldes no Iêmen, às vezes com a ajuda do Reino Unido.

No final de dezembro, o exército americano atacou vários alvos militares dos huthis, especialmente na capital, Sanaa. Os huthis também multiplicaram seus ataques no Iêmen e intensificaram os ataques a Israel, que respondeu bombardeando o Iêmen.

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