Marco Rubio, escolhido pelo presidente eleito Donald Trump como próximo chefe da diplomacia dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (15) que a Venezuela "não está sendo governada por um governo", mas sim por "uma organização do narcotráfico que se empoderou como um Estado-nação".

Durante uma audiência no Senado para sua confirmação no cargo, Rubio criticou a administração do presidente em fim de mandato, Joe Biden, por negociar com o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, "que aceitou realizar eleições", mas que "foram completamente falsas".

Como milhões de venezuelanos abandonaram seu país, as autoridades "usaram a migração contra nós para obter essas concessões", disse.

Rubio mencionou as licenças individuais concedidas por Washington a algumas petroleiras para operar na Venezuela, incluindo a americana Chevron.

"Agora temos as licenças gerais, nas quais empresas como a Chevron estão aportando bilhões de dólares aos cofres do regime", protestou Rubio, firme opositor ao líder chavista.

"Isso tudo precisa ser reexplorado", acrescentou.

O senador pela Flórida destacou outros problemas na Venezuela: "a presença russa" e "iraniana".

Os Estados Unidos consideram uma "farsa" a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial e aumentaram para 25 milhões de dólares (R$ 151 milhões) a recompensa pela sua captura por crimes relacionados ao "narcotráfico" e à "corrupção".

Tanto Biden quanto Trump reconhecem como presidente eleito o líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia.

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