Órgão de planejamento familiar nos EUA denuncia cortes do governo

Um órgão de planejamento familiar dos Estados Unidos denunciou que o governo de Donald Trump suspendeu alguns de seus subsídios, uma decisão que terá consequências "devastadoras" para pacientes que se beneficiam de seus serviços de saúde sexual e reprodutiva, além de exames de detecção do câncer.

A Planned Parenthood informou que nove de suas unidades foram informadas pelo governo Trump que o financiamento do programa federal "Title X" será suspenso a partir desta terça-feira (1º). 

A falta desses recursos levará a "casos de câncer não detectados, uma ampla redução no acesso a métodos contraceptivos e um agravamento da crise de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis)", alertou em um comunicado a presidente da organização, Alexis McGill Johnson. 

Durante a campanha eleitoral, o vice-presidente JD Vance anunciou que, se Trump fosse eleito, deixaria de financiar o planejamento familiar porque "os contribuintes não deveriam ter que pagar por abortos tardios". 

Abertamente contrário ao aborto, Trump lançou uma campanha para cortar gastos públicos desde que retornou à Casa Branca, em 20 de janeiro, através do Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk. 

"O presidente Trump e Elon Musk impõem uma perigosa agenda política, privando pessoas de todo o país do acesso a serviços de saúde, sem pensar na devastação que causará", disse McGill Johnson. 

"Este governo mais uma vez coloca em risco a vida das mulheres e priva aquelas com recursos mais limitados de cuidados básicos de saúde reprodutiva", disse a senadora do estado de Washington, Patty Murray.

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