O pediatra mineiro Dioclécio Campos Júnior morreu nessa sexta-feira (27/12), em Uberaba, na região do Triângulo Mineiro. Ele será enterrado neste domingo (29/12) no cemitério São João Batista, ao lado da mãe dele, como era seu desejo.
Ele foi um dos autores do Projeto de Lei (PL) 281/2005, encampado pela então senadora Patrícia Saboya (à época no PSB, atualmente no PDT-CE), que ampliou em dois meses os quatro meses que já eram garantidos na CLT. A licença-paternidade de 15 dias também contou com a atuação do pediatra.
O PL 7.672/2010 acresceu no Estatuto da Criança e Adolescente "o direito de serem educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto", o que passou a proibir o uso da palmada como forma de punição.
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Campos Júnior foi presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria de 2004 a 2010, por dois mandatos. Ele esteve à frente da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde e da secretaria de governo da Secretaria da Criança do Distrito Federal. Também coordenou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) do Ministério da Saúde de 1985 a 1987.
Se formou na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro e fez mestrado e doutorado na Université Libre de Bruxelles (UBL), na Bélgica. Trabalhou como professor titular da faculdade de medicina da Universidade de Brasília (UnB). Ele deixa mulher, filho e duas netas.