Mergulhadores localizaram, nesta quarta-feira (25), mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins -  (crédito: Luiz Henrique Machado/Divulgação/Governo do Tocantins)

Mergulhadores localizaram, nesta quarta-feira (25), mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte entre Maranhão e Tocantins

crédito: Luiz Henrique Machado/Divulgação/Governo do Tocantins

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Subiu para seis o número de mortos confirmados após a ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, desabar nesse domingo (22). Mergulhadores retomaram as buscas submersas na tarde desta quarta-feira (25) e encontraram mais duas vítimas.

 

Foram localizados os corpos de Anísio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53. No momento do acidente, eles estavam em um caminhão carregado de portas de MDF, com a neta Lorrane Cidronio de Jesus, de 11 anos, encontrada ontem (24).

 

Ao menos 11 pessoas seguem desaparecidas após o acidente, incluindo duas crianças. Na terça-feira (24), as equipes de buscas também localizaram o corpo do motorista Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos, que dirigia um caminhão com defensivos agrícolas que despencou quando a ponte cedeu, e de Andreia Maria de Sousa, de 45, motorista de um caminhão que transportava ácido sulfúrico.

 

 

Trabalham na ação 29 mergulhadores da Marinha, além de equipes subaquáticas do Corpo de Bombeiros dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará.

 

Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão, os mergulhadores enfrentam dificuldade no trabalhos de resgate por causa das características do rio, como baixa visibilidade e uma forte correnteza. Além disso, a profundidade do rio no local do acidente é de cerca de 50 metros, o que também dificulta o trabalho de buscas.

 

Para auxiliar nas buscas, as equipes utilizam um equipamento chamado SideScan Sonar, que identificou a possível localização do caminhão, a aproximadamente 40 metros de profundidade.

 

"A presença de destroços da ponte e a carga perigosa dos caminhões (ácido sulfúrico e defensivos agrícolas), exige cuidado extra na segurança, uma vez que esses produtos representam risco para os mergulhadores", afirmou a corporação.

 

 

De acordo com a Ana (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), no entanto, até o momento não há indícios de contaminação.

 

A operação com mergulhadores foi interrompida no início da noite de domingo após as autoridades alertarem para risco de contaminação do rio Tocantins. Entre os veículos que caíram nas águas estão dois caminhões-tanque que transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.

 

O parecer técnico da agência para parâmetros básicos de qualidade da água não constatou alterações significativas. A avaliação se limita a impactos imediatos de possível derramamento de ácido sulfúrico.

 

Ainda de acordo com a Ana, não há, ainda, informação sobre o rompimento efetivo das embalagens dos defensivos agrícolas, que podem ter permanecido intactas.

 

As análises estão sendo realizadas com apoio da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), do Ministério do Meio Ambiente e da Embrapa Meio Ambiente.

 

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Uma reunião entre instituições do governo federal, do Tocantins e do Maranhão foi marcada para a tarde de quinta-feira (26) para o "acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins".