Familiares de Juliana Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça, durante ação de policiais rodoviários federais, na Rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias, disseram que até agora não foram procurados por nenhum órgão federal prestando auxílio ou amparo.
Jéssica Rangel, irmã da vítima, moradora de Niterói, local para onde a família estava indo passar o Natal, diz que por pouco não mataram a família dela toda dentro do carro.
“Ninguém falou nada. A única coisa que eu quero é justiça, gente. Eles iam matar minha família toda. Iam matar todo mundo. Foram 30 tiros no carro. E pegou na minha irmã, infelizmente, na cabeça dela, que é muito grave. Estamos em oração pedindo a Deus. Graças a Deus não pegou no meu irmão, na minha mãe, no meu pai, na namorada dele. Mas infelizmente o caso é grave. E estamos pedindo a Deus pra tudo dar certo.”
Juliana Rangel continua entubada, em coma induzido. O quadro dela não teve alteração nas últimas horas e segue gravíssimo.
Ela está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes.
A mãe de Juliana, Dayse Rangel, que está na unidade onde a filha está internada, também comentou o desamparo por parte das autoridades em um momento tão delicado.
“A gente tem que correr atrás de Justiça pelo que aconteceu. Ninguém falou nada, ninguém apoiou nada. Eles provocaram essa situação toda, né? Sua filha lutando para sobreviver e a família praticamente desamparada aí pelas autoridades, desamparada”, desabafa a mãe.
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Dayse deu detalhes sobre como está lidando com o momento difícil. Ela afirmou que não consegue comer nem dormir pensando nas cenas de terror que a família viveu.
“Eu tô muito mal, não consigo comer, não consigo dormir, pensando no que eles fizeram com a minha filha, né? A minha filha está entubada, entre a vida e a morte, em estado gravíssimo. Eles não me apoiaram. Estou muito mal, cara”, revelou.