O trabalho havia sido suspenso na sexta-feira por conta do risco de desabamento do que sobrou da estrutura -  (crédito: Divulgação)

O trabalho havia sido suspenso na sexta-feira por conta do risco de desabamento do que sobrou da estrutura

crédito: Divulgação

As buscas por desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, foram retomadas ontem. O trabalho havia sido suspenso na sexta-feira por conta do risco de desabamento do que sobrou da estrutura, que liga Aguiarnópolis, no Tocantins, a Estreito, no Maranhão. A Marinha ainda corrigiu para nove o número de mortos e oito o número de desaparecidos.

 

 

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a chegada e a instalação de equipamentos de precisão permitiram o retorno dos trabalhos no local. O monitoramento da estrutura, que desabou na tarde do domingo passado, é contínuo.

 

 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, anunciou o envio de oito militares especializados em mergulho e equipamentos para auxiliar nas operações de resgate após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins.


 

O comunicado foi feito por meio das redes sociais, onde o ele lamentou as mortes e destacou a importância da solidariedade diante da tragédia. "Autorizei o envio de 8 militares mergulhadores do DF, muito bem preparados, além de equipamentos apropriados para esse tipo de operação", escreveu Ibaneis.

 

"Vamos colaborar com o trabalho de resgates, após a tragédia da ponte que liga o Maranhão ao Tocantins. Ainda há pessoas desaparecidas, e sabemos o quanto é importante a união e a solidariedade em momentos como este", disse o governador.

 

 

A Marinha, que havia chegado a divulgar 11 mortes, atualizou o número após a identificação do corpo encontrado no final da tarde de sexta. Foi concluído que se tratava de um dos corpos identificados em um dos veículos sob os escombros, que já havia sido identificado pelos mergulhadores no dia anterior.

 

Ao todo, o acidente deixou 18 vítimas, uma delas foi resgatada com vida. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), um corpo localizado na quinta-feira continua preso nas ferragens do carro submerso no rio Tocantins. As buscas pelas demais vítimas desaparecidas seguem sendo realizadas com o auxílio de mergulhadores e barcos. Segundo o relatório da corporação, há 10 veículos submersos no Rio Tocantins, sendo 4 caminhões, 3 carros e 3 motocicletas.

 

 

A estrutura da ponte colapsou causando a queda de três caminhões, incluindo um com ácido sulfúrico e dois com defensivos agrícolas. A estrutura, da década de 1960, tinha mais de meio quilômetro de extensão quando seu vão central se desprendeu e mergulhou em direção ao rio com vários veículos sobre ela.

 

Em razão da calamidade, a Prefeitura de Estreito, município do interior do Maranhão, decretou situação de emergência, ressaltando a falta de especialistas e recursos para realizar os resgates e buscas por possíveis vítimas.

 

Em nota, DNIT informou que a causa do desabamento está sendo investigada. Setenta e nove militares da Força Naval estão atuando no local. Quarenta e quatro mergulhadores — 18 da Marinha, 10 dos bombeiros do Maranhão, 10 dos bombeiros do Tocantins e seis dos bombeiros do Pará — também ajudam a localizar os corpos das vítimas.

 

 

Contaminação

 

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) divulgou resultados de análises sobre a qualidade da água do rio Tocantins após o desabamento. O levantamento realizado pelos técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão, Embrapa e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indica, até o momento, ausência de vazamento de ácido sulfúrico e níveis de defensivos dentro dos limites permitidos pela legislação, sem indícios de contaminação decorrente do acidente, de acordo com comunicado do governo federal.

 

Desde a semana passada havia um temor de uma contaminação, ameaçando a saúde da população que consome direta e indiretamente a água do rio e também a vida marinha de toda a região.

 

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