Monique Delgado Archete Fernandes Coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental - Anos Iniciais da unidade de Muriaé da Rede de Colégios Santa Marcelina -  (crédito: arquivo pessoal)

Monique Delgado Archete Fernandes Coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental - Anos Iniciais da unidade de Muriaé da Rede de Colégios Santa Marcelina

crédito: arquivo pessoal



Monique Delgado Archete Fernandes

Coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental - Anos Iniciais da unidade de Muriaé da Rede de Colégios Santa Marcelina

 

A decisão de escolher a escola ideal para os filhos é um dos passos mais importantes na vida de qualquer família. A pesquisa "Atitudes pela Educação", divulgada pelo movimento Todos pela Educação, entrevistou pais ou responsáveis de estudantes de 4 a 17 anos em escolas públicas e particulares de todo o Brasil. Os resultados apontam que 19% dos pais são considerados distantes do ambiente escolar, enquanto apenas 12% são comprometidos, acompanhando ativamente o desempenho dos filhos. Entre os distantes, 25% buscam informações sobre a escola e 37% ajudam com o material escolar. Já entre os comprometidos, 86% se informam sobre a proposta pedagógica e 79% mantêm contato com a escola.


Nesse sentido, a escolha de uma escola vai muito além de questões como localização ou infraestrutura. É preciso estar atento à proposta pedagógica, aos valores da instituição e ao ambiente escolar, para garantir que tudo esteja alinhado aos princípios e expectativas da família. Pais e responsáveis que se envolvem ativamente nesse processo tendem a fazer escolhas mais assertivas, impactando diretamente no desenvolvimento acadêmico e pessoal de seus filhos.


A escola é o segundo lar de uma criança ou adolescente, sendo o local onde passam grande parte do tempo e constroem importantes vínculos sociais. A falta de envolvimento dos pais, conforme revelado pelo estudo, pode resultar em decisões superficiais ou baseadas em critérios menos relevantes. Uma escolha mal planejada pode resultar em insatisfação futura com a instituição, que talvez não seja adequada ao perfil da criança, especialmente se ela necessitar de um modelo de aprendizagem personalizado para atender suas demandas emocionais e sociais.


Por outro lado, os pais comprometidos, que analisam o projeto pedagógico da escola e as práticas de aprendizagem, criam uma parceria forte entre a família e a instituição, refletindo diretamente no desempenho e no bem-estar do estudante, que se sente apoiado e seguro para enfrentar desafios e desenvolver habilidades.


Uma boa escolha começa com o entendimento das prioridades da família. É importante refletir sobre quais são os valores que devem nortear a educação dos filhos. Algumas escolas seguem métodos tradicionais, com foco exclusivo em resultados acadêmicos, enquanto outras investem em abordagens inovadoras e em um desenvolvimento integral do estudante, além do bom desempenho acadêmico.


Além disso, é fundamental que os pais visitem a escola, conversem com os professores e gestores e observem atentamente o ambiente. Esse contato direto pode fornecer informações valiosas que uma simples pesquisa online não revela, como a dinâmica da sala de aula. A escolha de uma escola não pode ser baseada apenas no presente, é uma decisão que impacta o futuro do estudante, contribuindo para seu desenvolvimento acadêmico, emocional e social ao longo dos anos.


O envolvimento dos pais no processo de escolha escolar reflete diretamente no engajamento da criança ou adolescente. Quando os responsáveis demonstram interesse e participam ativamente da vida escolar, os filhos tendem a valorizar mais a aprendizagem e a criar uma relação positiva com o ambiente educacional.

Além disso, essa participação contribui para a formação de um cidadão mais crítico e preparado para os desafios da vida. A escola e a família são pilares complementares e, quando atuam de maneira alinhada, o impacto na formação dos jovens é significativo.


Dessa forma, estar presente na escolha da escola é um investimento no futuro dos filhos. Pais engajados e atentos são capazes de garantir que essa decisão seja embasada em informações concretas e esteja alinhada com o que há de melhor para o desenvolvimento pleno dos estudantes.