Wagner Ferreira, vereador reeleito pelo PV, durante entrevista ao EM Entrevista nesta terça-feira (26/11) -  (crédito: Gladyston/EM/D.A. Press)

Wagner Ferreira, vereador reeleito pelo PV, durante entrevista ao EM Entrevista nesta terça-feira (26/11)

crédito: Gladyston/EM/D.A. Press

A pouco mais de um mês do início de uma nova legislatura, e com ela a eleição para o novo presidente da Câmara Municipal de BH, o nome de Juliano Lopes (Podemos) segue como único concorrente ao cargo. Com uma base aliada com 23 dos 41 vereadores, o parlamentar já tem maioria para chegar ao comando do Legislativo.


Wagner Ferreira (PV) é um dos nomes do grupo que anunciou apoio a Lopes em 28 de outubro, um dia após a reeleição de Fuad Noman (PSD) à prefeitura. Em entrevista ao Estado de Minas, o parlamentar reafirmou a coesão do bloco organizado pelo secretário-chefe da Casa Civil do governador Romeu Zema (Novo), Marcelo Aro (PP).


 

“Até onde eu sei, está coeso. Tínhamos oito vereadores da base do prefeito Fuad naquele grupo de apoio ao Juliano, que é o único candidato. Quando acaba o primeiro turno, o vereador Juliano começa a articular em relação à presidência da Câmara. Ele conseguiu, mérito dele, reunir 23 vereadores. Meu compromisso foi pedir a ele que não tenhamos uma Câmara autoritária, que os mandatos dos parlamentares sejam respeitados. Tivemos muitos embates com o atual presidente, fomos chamados de lambe-botas por causa de nossa posição em relação ao governo. A gente não quer essa Câmara autoritária, queremos respeito aos mandatos. E concordamos que a esquerda tem que estar na mesa diretora”, afirmou.

 


Wagner Ferreira faz parte da bancada governista na Câmara e vai integrar o bloco de nove vereadores progressistas na Casa a partir de 2025. O grupo conta com quatro parlamentares do PT, três do Psol e um do PCdoB.


 

PT e PSOL ainda não embarcaram na candidatura de Juliano Lopes. Em entrevista anterior ao EM, Bruno Pedralva (PT) afirmou que não descarta apoiar o colega do Podemos, desde que a distribuição da mesa diretora e das comissões seja feita respeitando a proporcionalidade da representação dos partidos na Casa.


Já Pedro Rousseff (PT), eleito pela primeira vez, disse que não topa se aliar a quadros do PL para compor a direção da Câmara. Os seis parlamentares eleitos pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já anunciaram apoio a Lopes. Wagner Ferreira falou sobre as articulações com a esquerda e manifestou seu entendimento de que os vereadores progressistas devem ocupar um espaço no comando da Casa.


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“Juliano está conversando com eles (vereadores do PT e PSOL) para apresentar o projeto dele enquanto presidente e também sobre essa composição na mesa. Não tem um nome definido ainda para quem será o representante da esquerda. Agora vai ter conversa até o dia 1º de janeiro [...] Entendo a posição do vereador Pedro Rousseff, mas é uma opção de você ocupar um espaço importante ou não. Se o PL estiver lá e a esquerda não estiver na mesa, nós da esquerda temos que arcar com esse ônus. Faz diferença ocupar esse espaço. Não significa que os seis vereadores da mesa estejam sempre em harmonia”, concluiu.