As Forças Armadas brasileiras são compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica. Focam em missões de paz e segurança interna, com destaque para a Amazônia. O Brasil busca modernização e integração regional em questões de defesa e segurança. A posição é 12º, com 0.1944. -  (crédito: Rafaela Biazi Unsplash)

As Forças Armadas brasileiras são compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

crédito: Rafaela Biazi Unsplash

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As Forças Armadas seguem sendo a instituição mais confiável aos olhos dos brasileiros, mas, em quase nove meses, essa avaliação voltou ao pior nível numérico da série iniciada pelo Datafolha em 2017.

 

 

No período entre a pesquisa anterior, de março, e a atual, completada com 2.002 entrevistas nos dias 12 e 13 de dezembro, a confiança nos militares oscilou de 37% para 34%, enquanto a desconfiança foi de 23% para 24%. Já os que disseram confiar um pouco nos fardados foram de 39% para 40%.

 

 

É um quadro de estabilidade dentro da margem de erro de dois pontos para mais ou menos, mas a curva nominal voltou ao índice aferido em setembro de 2023. No auge do prestígio, no começo do governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2019, as Forças eram vistas como confiáveis por 45%.

 

 

O cenário coincide com a enxurrada de revelações acerca da trama golpista que tentou manter, segundo a Polícia Federal, Bolsonaro no poder após a derrota para Lula (PT) no segundo turno de 2022.

 

Dos 40 indiciados até aqui, 28 são fardados, a maioria do mesmo Exército ao qual o então presidente serviu e cuja imagem buscou no cargo.

 

 

No final de semana, o enredo adensou-se ainda mais, com a primeira prisão de um general de quatro estrelas por autoridades civis num processo judicial regular da história brasileira.

 

Walter Braga Netto, que chegou ao topo da hierarquia do Exército, foi ministro da Casa Civil e da Defesa de Bolsonaro, de quem foi candidato a vice na chapa de 2022.

 

 

O Datafolha questionou acerca do grau de confiança em outras nove instituições. No geral, houve estabilidade ante o resultado aferido em março.

 

No caso da imprensa, a confiança dos brasileiros oscilou de 20% para 22%, já a desconfiança caiu de 34% para 28%. Quem diz confiar um pouco na instituição foi de 45% para 48%.

 

 

Metade dos brasileiros não confia nem em redes sociais (49%) nem em partidos políticos (50%). Já dizem confiar nas redes meros 7%, enquanto 43% o fazem um pouco, índices semelhantes aos das agremiações: 6% e 42%, respectivamente.

 

O Congresso também não se sai bem: 42% não confiam na instituição, ante 11% que dizem o contrário. No meio do caminho, estão 46%. A Presidência está um pouco melhor na foto: com 36%, 24% e 40%, respectivamente.

 

São índices fracos, mas bem menos piores do que no momento de maior erosão institucional, no segundo ano do governo tampão de Michel Temer (MDB), quando rejeitavam confiar no Planalto 64% e nas Casas do Legislativo, 67%. Partidos políticos eram inconfiáveis para 68%.

 

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Já o sistema de Justiça segue com avaliação mediana. Não confiam no Supremo Tribunal Federal 38%, ante 24% que confiam. Outros 35% ficam na coluna do meio. O Judiciário como um todo marca 28%, 24% e 46%, enquanto o Ministério Público registra 25%, 24% e 49%, respectivamente.

 

Por fim, as grandes empresas ficam numa posição um pouco mais confortável. Para 52%, elas são um pouco confiáveis, enquanto 26% as veem como totalmente confiáveis, e 20%, um pouco.