Bruno Miranda deve disputar a eleição pela presidência com o vereador Juliano Lopes (Podemos) -  (crédito: Rafaella Ribeiro /CMBH)

Bruno Miranda deve disputar a eleição pela presidência com o vereador Juliano Lopes (Podemos)

crédito: Rafaella Ribeiro /CMBH

O líder do governo Fuad Noman (PSD) na Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Bruno Miranda (PDT), confirmou candidatura à presidência do Legislativo da capital mineira na noite dessa terça-feira (24/12). Em conversa com o Estado de Minas, o parlamentar revelou que as conversas com os colegas já aconteciam há algumas semanas, mas não queria tomar a decisão antes do fim dos trabalhos de plenário.

 

 

“Essa candidatura nasceu a partir de conversas com vários vereadores. A gente já vinha estabelecendo um diálogo, mas eu precisava focar na votação dos projetos, porque se não o para o debate sobre a mesa Câmara ia contaminar o debate sobre a cidade. A gente tinha vários projetos importantes para votar”, explicou.

 

 

A candidatura de Miranda também recebeu o aval do prefeito Fuad e do vice-prefeito eleito, e ainda colega de Câmara, o vereador Álvaro Damião (União Brasil). “Sendo líder de governo eu não poderia tomar a decisão de forma isolada deles. Estamos avançando e vamos trabalhar”, emendou.

 

 

Miranda deve disputar a presidência da Câmara contra o vereador Juliano Lopes (Podemos), primeiro vice-presidente da Câmara e líder do grupo chamado de “Família Aro” - parlamentares ligados ao secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP). O líder de governo avaliou a disputa contra o colega com naturalidade. “Respeitamos a candidatura dele, mas legitimamente estamos apresentando alternativa”, completou.

 

 

Faltando uma semana para a posse dos vereadores eleitos e a eleição da mesa, já no dia 1º de janeiro, o desafio de Miranda é conquistar o apoio da maioria. Em outubro, logo no dia seguinte à reeleição do prefeito Fuad Noman em segundo turno, Juliano Lopes se adiantou na disputa e reuniu um grupo de 23 vereadores para formalizar apoio ao seu nome.

 

Na época, Juliano disse ao Estado de Minas que o apoio era um “movimento natural dos vereadores”. Cabe lembrar que o líder da família Aro já seria o atual presidente da Câmara se não fosse o rompimento do vereador Gabriel Azevedo (MDB) com o grupo, uma vez que teria sido formalizado um acordo para a eleição de Azevedo no início de 2023, em que o vereador comandaria o Legislativo durante aquele ano e passaria a cadeira para Juliano Lopes em 2024.

 

Contudo, a reunião do grupo teve a presença de vereadores que fazem parte da base de Fuad ou o apoiaram durante a campanha de reeleição, como os vereadores Wagner Ferreira (PV), Wanderley Porto (PRD), Michelly Siqueira (PRD), Leonardo Ângelo (Cidadania), Diego Sanches (Solidariedade) e Rudson Paixão (Solidariedade).

 

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Se conseguir convencer esses nomes, Miranda ainda pode articular a composição com a bancada de esquerda composta pelo PT, PCdoB e Psol, com oito vereadores, e contar ainda com o apoio dos vereadores do PSD do prefeito Fuad Noman - Helio da Farmácia, Helton Junior e Maninho Felix. Para ser eleito, um vereador precisa do aval de 21 colegas.