Com a delegação de Fuad Noman (PSD) para assumir toda a articulação política do governo, nesta sexta-feira (27/12) o vice-prefeito eleito Álvaro Damião (União) foi nomeado secretário municipal de Governo, em substituição a Anselmo José Domingos. Em campanha pelo vereador Juliano Lopes (Podemos) para a presidência da Câmara Municipal, os interesses de Anselmo entraram em choque com o projeto político de Fuad e Damião, que apoiam a candidatura de Bruno Miranda (PDT), líder do prefeito na Câmara.
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Ao exonerar Anselmo, o prefeito demonstrou claramente quem fala em seu nome na sucessão à presidência do legislativo municipal. Ao mesmo tempo, sinalizou que deseja lealdade de sua base nas questões vitais para o futuro governo. A presidência da Câmara é a mãe de todas elas. Adicionalmente, o próprio Fuad Noman telefonou nesta sexta-feira a um vereador que havia declarado voto em Juliano Lopes, reforçando a sua posição em apoio à candidatura de Bruno Miranda. Virou o voto.
O primeiro desafio de Damião à frente da Secretaria Municipal de Governo está superado, sustenta ele, em entrevista exclusiva à coluna EM Minas. “Já temos os votos para vencer a presidência da Câmara Municipal”. O vice-prefeito eleito e secretário municipal de Governo reitera que o futuro governo conhecerá a sua base já em 1º de Janeiro.
“Aprovamos no legislativo em novembro e em dezembro tudo o que precisávamos. Agora a prefeitura não tem mais nenhum projeto relevante para mandar para a Câmara Municipal para os dois primeiros anos. Por isso a base tem de ser mostrada em 1º de Janeiro. Eu digo a todos: a primeira votação da base é no dia 1º de Janeiro. Não tem base depois. A prioridade para integrar o governo é de quem votar dia 1º na base, a favor do Bruno Miranda. Disso não abrimos mão”.
E para demonstrar que não vai contemporizar, depois de exonerar Anselmo Domingos, o DOM deste sábado já traz novas exonerações, desta vez das indicações do Solidariedade, legenda que está na base de Fuad Noman e declarou apoiou a Juliano Lopes. É o primeiro aviso. Contando com votos suficientes para vencer a eleição, o governo seguirá com ou sem o Solidariedade, salienta Damião. Leia entrevista completa na edição impressa de amanhã do jornal Estado de Minas.
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