Em qualquer caso de irritação após um banho de rio ou de lago, a orientação é conduzir a criança rapidamente a um oftalmologista -  (crédito: Freepik)

Em qualquer caso de irritação após um banho de rio ou de lago, a orientação é conduzir a criança rapidamente a um oftalmologista

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A temporada de férias escolares é a certeza de que a diversão vai começar. Para boa parte das crianças brasileiras, o descanso é sinônimo de banhos na praia, na piscina ou em algum rio ou cachoeira. Mas é preciso que os pais liguem o alerta em relação aos cuidados com os olhos.

 

O inimigo da saúde ocular está por todos os lados, a começar pela superexposição ao sol. “Os pais tendem a proteger a pele das crianças com protetores solares, e estão corretíssimos. Mas os olhos também merecem um cuidado extra, porque os raios UV podem causar danos nas córneas num longo prazo”, adverte a oftalmologista do Núcleo de Excelência em Oftalmologia (NEO), Erika Yumi.

 

 

Para esses casos, ela recomenda utilizar bonés e óculos de sol enquanto não estiver na água. Os olhos também correm riscos durante o banho, seja de piscina, mar ou rio. O cloro pode provocar irritação, vermelhidão ou coceira nos olhos, e as águas contaminadas de rios ou lagos podem conter microrganismos com potencial até para provocar infecções mais graves, como a ceratite. A doença consiste numa infecção das córneas que pode levar até à perda definitiva da visão.

 

“A orientação mais conservadora é não permitir que as crianças frequentem esses lugares, até porque podem apresentar outros perigos. Mas, considerando a saúde dos olhos, se for entrar, mantê-los protegidos com óculos de mergulho ou evitarem ao máximo abrir os olhos embaixo d’água”, orienta a especialista. “Em qualquer caso de irritação após um banho de rio ou de lago, a orientação é conduzir a criança rapidamente a um oftalmologista”, completa.

 

 

Outro perigo que ronda as águas Brasil afora na época do calor é a conjuntivite, como é conhecida a inflamação da membrana externa do globo ocular. Por ser bastante contagiosa, a criança pode acabar contraindo a doença através da água ou com o uso de utensílios usados por pessoas contaminadas.

 

“Nesses casos, os pais devem deixar uma toalha para uso exclusivo de cada criança, e evitar manusear outros instrumentos utilizados por pessoas com conjuntivite, como brinquedos, por exemplo”, orienta Érika Yumi.

 

“Agindo com precaução e portando sempre na bolsa uma garrafa de água mineral ou de preferência um colírio, as chances de transformar as férias de verão num pesadelo vão diminuir bastante. A atenção que os pais costumam ter com as crianças é tudo que elas necessitam para ter lembranças positivas das férias escolares”, reforça a médica.

 

 

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