A trombose não deve ser um impeditivo para viajar, mas é importante estar atento aos sinais e adotar medidas preventivas, especialmente em viagens longas -  (crédito: Camila Caetano/Divulgação)

A trombose não deve ser um impeditivo para viajar, mas é importante estar atento aos sinais e adotar medidas preventivas, especialmente em viagens longas

crédito: Camila Caetano/Divulgação

Com o aumento das viagens aéreas durante as férias e feriados, surge uma preocupação comum: a relação entre voos longos e o risco de trombose venosa profunda (TVP). Essa condição ocorre quando um coágulo sanguíneo se forma nas veias profundas, geralmente nas pernas, podendo levar a complicações graves, como embolia pulmonar, se o coágulo se deslocar para os pulmões.

 

De acordo com a cirurgiã vascular Camila Caetano, a trombose é mais frequente em situações que limitam os movimentos por períodos prolongados. “Ficar muitas horas sentado, com pouca circulação sanguínea nas pernas, pode aumentar o risco de desenvolver coágulos. Isso é particularmente relevante em voos de longa duração, em que o espaço para movimentação é limitado”, explica.

 

 

Ela ressalta, ainda, que os principais fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de trombose, uso de contraceptivos hormonais, obesidade, tabagismo e condições médicas pré-existentes, como varizes ou doenças cardiovasculares.

 

Como prevenir?

 

A médica recomenda algumas práticas simples para reduzir o risco:

 

- Levantar-se e caminhar pelo corredor do avião a cada duas horas

- Fazer exercícios simples com os pés, como movimentos de rotação e flexão

- Usar roupas confortáveis e evitar cruzar as pernas durante o voo

- Hidratar-se bem, evitando bebidas alcoólicas e com cafeína

- Para pessoas com alto risco, pode ser indicado o uso de meias de compressão ou, em casos específicos, medicamentos anticoagulantes

 

"Viajar é uma experiência incrível, mas longos períodos de imobilidade podem aumentar o risco de trombose. Pequenas atitudes, como se movimentar regularmente e manter a hidratação, fazem toda a diferença na prevenção dessa condição”, complementa.

 

 

Embora o risco seja considerado baixo para a maioria dos passageiros, a prevenção é fundamental. "A trombose não deve ser um impeditivo para viajar, mas é importante estar atento aos sinais e adotar medidas preventivas, especialmente em viagens longas", reforça.

 

 

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