Quando a mulher sente constrangimento, desconforto, vergonha ou diminuição da autoestima por conta do excesso de pele dos pequenos lábios, pode ser indicada a ninfoplastia -  (crédito: Freepik)

Quando a mulher sente constrangimento, desconforto, vergonha ou diminuição da autoestima por conta do excesso de pele dos pequenos lábios, pode ser indicada a ninfoplastia

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Com a chegada do verão, é hora de tirar o biquini do armário e aproveitar o sol e as altas temperaturas. Porém, muitas mulheres sentem desconforto e constrangimento ao utilizar roupas de banho devido a uma hipertrofia dos pequenos lábios, com grande excesso de pele que acaba marcando a região, inclusive fazendo com que deixem de frequentar praias e piscinas.

 

“Claro, não existe um padrão normal estético para a região íntima, já que sua anatomia varia muito entre as mulheres. Mas, nesses casos em que a mulher sente constrangimento, desconforto, vergonha ou diminuição da autoestima por conta desse excesso de pele dos pequenos lábios, podemos indicar a realização da cirurgia de ninfoplastia”, diz o ginecologista, especialista em cirurgias íntimas, fundador do Instituto de Cirurgia Íntima e membro sênior da European Society of Aesthetic Gynecology (ESAG), Igor Padovesi.

 

 

De acordo com o especialista, o objetivo da ninfoplastia é justamente remover o excesso de pele dos pequenos lábios, deixando-os para dentro dos grandes lábios, o que contribui para aumentar a autoestima e o bem-estar físico, psicológico e sexual da paciente. “É uma cirurgia relativamente simples feita com laser e/ou com bisturi elétrico de alta frequência. E, graças ao avanço das técnicas, o procedimento, antes realizado como uma cirurgia hospitalar tradicional, pode ser feito atualmente como uma cirurgia ambulatorial”, diz o ginecologista.

 

 

O fato de poder ser realizada de forma ambulatorial (sem internação hospitalar) torna o procedimento mais acessível (sem despesas hospitalares ou honorários de anestesista), e também permite que a mulher possa realizar sem contar para ninguém (pois não depende de ter um acompanhante na internação), como elucida Igor Padovesi.

 

Para as mulheres que desejam se submeter ao procedimento, o médico explica que não é necessário nenhum preparo especial para a realização da ninfoplastia. “Recomendamos que a mulher faça a depilação da região alguns dias antes. No dia do procedimento, é necessário vir sem nenhum tipo de metal no corpo (anéis, correntes, brincos etc.). Antes do início do procedimento, é aplicado um gel anestésico potente, que já tira a sensibilidade da região. Com isso, a mulher praticamente nem sente a injeção do anestésico nos lábios, o que torna o procedimento basicamente indolor”, destaca Igor.

 

 

 

Após a cirurgia, os pontos, por serem feitos de fio absorvível, caem sozinhos e não precisam ser retirados. “Como a região é muito sensível, os primeiros dois dias são os mais incômodos para a mulher. É comum a sensação de uma certa ardência. Inchaço no local é esperado e pequenas equimoses (roxos) são comuns também nesses primeiros dias. Para amenizar os sintomas, recomendamos o uso de medicamentos e cuidados locais”.

 

“A maioria das mulheres faz o procedimento na sexta-feira e retorna ao trabalho na segunda. Quanto aos exercícios físicos, depende do tipo de atividade praticada e não há uma regra absoluta. Recomendamos repouso por cerca de 15 a 20 dias, mas depende da recuperação individual. Exercícios que não causam tanto contato ou atrito direto com a região podem ser iniciados após cerca de dez dias, se a mulher se sentir bem para tal”, esclarece Igor.

 

O médico enfatiza que o procedimento não causa a perda da sensibilidade sexual feminina, que provém do clitóris, região que não é manipulada no procedimento. Pelo contrário: uma pesquisa brasileira mostrou que 87,6% das mulheres submetidas à cirurgia experimentam grande melhora na autoestima e 82,7% relataram maior interesse, desejo e satisfação nas relações sexuais.

 

“O resultado final, quando nem é possível dizer que a região foi operada (já que não deixa cicatrizes) e já não terá mais nenhuma sensibilidade, é esperado em três a quatro meses”, aponta Igor Padovesi.

 

 

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