Maria Guilhermina, de pouco mais de 2 anos, apresentou complicações relacionadas à anomalia de Ebstein -  (crédito: Reprodução/Instagram)

Maria Guilhermina, de pouco mais de 2 anos, apresentou complicações relacionadas à anomalia de Ebstein

crédito: Reprodução/Instagram

Recentemente. o casal Juliano e Leticia Cazarré veio a público pedir orações pela pequena Maria Guilhermina, de pouco mais de 2 anos, internada por complicações relacionadas à anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita rara que afeta o coração.
 

 

“A anomalia de Ebstein é caracterizada por uma malformação na válvula tricúspide - que separa o átrio direito do ventrículo direito. Essa malformação resulta na alteração do fluxo sanguíneo e, em alguns casos, causa a insuficiência cardíaca”, explica a médica cardiologista do Hospital Sírio Libanês de Brasília, Fernanda Weiler.

 


 

 

A anomalia de Ebstein é rara e seus sintomas variam bastante, podendo, em alguns casos, ser assintomática. “Os sintomas mais comuns percebidos são cansaço excessivo, dificuldade para respirar, coloração azulada na pele - cianose - e arritmias. Para um diagnóstico conclusivo é preciso exames de imagem que podem, inclusive, ser realizados ainda durante a gravidez. Um ecocardiograma fetal pode alertar sobre malformações ainda na gestação, mas existem casos em que o exame é feito após o nascimento”, explica Fernanda.
 

 

O tratamento é variado, conforme a gravidade do caso e evolução da criança, e vai desde acompanhamento regular por um médico cardiologista infantil até intervenções cirúrgicas e transplante do coração. “A depender do caso, uma cirurgia para a correção da válvula é possível, em outros casos mais graves é preciso um transplante do coração”, diz a doutora, que comenta alguns mitos e verdades a respeito da condição.
 

 

Mito 1: todos os casos são fatais

 

A verdade: a Anomalia de Ebstein é, sim, uma condição séria, mas que varia em sua gravidade e efeitos no coração. Muitos pacientes acometidos pelo diagnóstico e com tratamento adequado chegam a vida adulta com boa qualidade de vida.
 

 

Mito 2: crianças com essa condição não podem praticar atividades físicas

 

A verdade: atividade física sempre traz benefícios a todos e uma criança diagnosticada com anomalia de Ebstein com sintomas leves pode praticar atividade física, desde que com supervisão e recomendação profissional.

 

 

Mito 3: a condição pode ser prevenida durante a gravidez

 

A verdade: a condição é uma cardiopatia congênita, portanto não há prevenção. No entanto, o diagnóstico pré-natal pode ajudar a conduzir uma forma de tratamento tão logo o bebê nasça.

 

 

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