Você é daquelas pessoas que deixam de treinar por conta de um dia de trabalho muito estressante? Tome cuidado, pois, de acordo com os especialistas, você está abrindo mão de um dos seus melhores aliados para a manutenção da produtividade e da qualidade de vida no médio e longo prazo.
Nos últimos anos, estudos como o realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, com 200 trabalhadores no Reino Unido e na China, têm se dedicado a investigar a correlação entre atividade física e desempenho no trabalho.
De maneira consistente, esses levantamentos apontam que a contribuição dos exercícios físicos em questões como o equilíbrio hormonal, aumentando os hormônios do bem-estar como a dopamina, e controlando substâncias produzidas pelo estresse como o cortisol, reflete-se em benefícios diretos para o aumento dos níveis de foco e energia no ambiente profissional.
Treinador da Smart Fit, Daniel Silva aponta que diversos alunos já se atentaram para essa realidade e passaram a frequentar as academias de maneira mais assídua, mesmo em dias em que a cabeça e o corpo parecem querer ficar no sofá após o expediente.
A musicistas Caroline da Silva, de 30 anos, se matriculou na rede em fevereiro de 2024 e, desde então, sentiu melhoras tanto nos aspectos físicos quanto nos mentais. “Eu sentia dores quando tocava. Depois que entrei na musculação, minha postura melhorou bastante e eu passei a ter mais força para fazer o meu trabalho sem sentir dores. Além disso, me sinto menos irritada e ansiosa, algo que, inclusive, foi chave para eu ter conseguido parar de fumar depois de ter sido fumante por oito anos”, relata a aluna.
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Segundo Daniel Silva, embora casos como os de Caroline sejam frequentes, é importante reforçar que a maximização dos resultados da prática da atividade física voltada à melhora da qualidade de vida e à produtividade depende de um alinhamento entre aluno e treinador quanto à rotina e aos objetivos. Isso porque, de acordo com o profissional, existem diferenças importantes entre o treinamento voltado à hipertrofia, se comparado àquele cuja meta principal é o bem-estar.
"No treino para hipertrofia, o estresse do treinamento é alto, pois busca promover adaptações morfológicas o mais rápido possível. Isso torna, muitas vezes, o treino extenuante e não promove uma sensação de bem-estar nem durante a prática, nem ao seu final”, afirma. "Já na prática de exercícios de musculação voltada para o bem-estar e qualidade de vida, a intensidade é mais moderada. Os treinos são modulados com o objetivo de causar o estresse suficiente para promover os ajustes hormonais, de modo que as adaptações estéticas acabam acontecendo de maneira menos aguda, como resultado secundário", aponta.
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