A terapia ocupacional está relacionada a diversos benefícios para proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos idosos -  (crédito: Freepik)

A terapia ocupacional está relacionada a diversos benefícios para proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos idosos

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Atividades diárias, como escovar os dentes, beber água ou vestir a roupa, são tão naturais para a maioria das pessoas que raramente refletem sobre as dificuldades que podem representar para a população idosa, especialmente para aqueles com algum tipo de deficiência.

 

Segundo dados do IBGE, de 2000 e 2023, o número de pessoas com 60 anos ou mais quase dobrou, subindo de 8,7% para 15,6%. Com isso, os idosos deixaram de ser a menor parcela da população brasileira. Essa mudança demográfica traz uma importante reflexão: a sociedade está preparada para atender às necessidades desse público crescente?

 

 

Manter a independência e continuar com as tarefas cotidianas é um desejo comum entre as pessoas mais velhas. No entanto, condições que afetam a memória, visão ou mobilidade, por exemplo, podem tornar esses atos desafiadores. Como garantir que esses idosos tenham uma boa qualidade de vida e envelheçam de maneira saudável? É aqui que a terapia ocupacional se destaca.

 

“Para essa faixa etária, os hábitos podem não ser mais automáticos. Um terapeuta ocupacional vai guiá-los junto a uma equipe, normalmente com enfermeiros ou fisioterapeutas, para que possam continuar realizando tarefas básicas que sempre fizeram, mas com autonomia na medida do possível”, explica a terapeuta ocupacional da 3i Residencial Sênior, Cintia Aneias.

A terapia ocupacional está relacionada a diversos benefícios para proporcionar qualidade de vida e bem-estar aos idosos, entre eles:

 


Mobilidade

 


Seja em casa ou em um residencial sênior, é essencial que o ambiente seja adaptado para garantir a segurança e a locomoção adequada do idoso, especialmente para aqueles que utilizam andador ou cadeira de rodas.

 

“É importante evitar o excesso de móveis, para não obstruir a circulação. Além disso, espaços como banheiros e corredores devem contar com barras de apoio, permitindo que eles se desloquem com mais autonomia, sem depender constantemente dos cuidadores. Para eles, essa independência é uma grande conquista, pois valorizam a capacidade de realizar tarefas sozinhos”, recomenda Cintia.

 


Saúde mental

 


A terceira idade é uma fase da vida delicada, principalmente quando o idoso se encontra debilitado. As limitações físicas e mentais podem afetar diretamente a saúde emocional e a autoestima, tornando a terapia ocupacional fundamental para lidar com os desafios diários.

 

“Os terapeutas ocupacionais conhecem a fundo o histórico de cada paciente e, com base em cada perfil, sugerem atividades individuais ou em grupo que estimulam a mente e promovem a socialização. Ao se sentirem mais ativos e rodeados de amigos da mesma faixa etária, compartilhando histórias e risadas, os idosos tendem a afastar pensamentos negativos e a solidão”, conta Cintia Aneias.

 

Superação

 


Ao não conseguir realizar algo por conta própria, é comum surgir a frustração. Para uma pessoa idosa que perdeu habilidades como mobilidade, audição ou visão, viver dependendo da ajuda de outros se torna uma adversidade diária. Nesse contexto, o terapeuta ocupacional desempenha um papel crucial, auxiliando o idoso a conviver melhor consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor.

 

“Ao estabelecer metas em conjunto com o paciente, o profissional aplica métodos adequados às condições do idoso, ajudando-o a ter mais liberdade, passo a passo, até que consiga realizar as atividades sozinho”, explica a terapeuta.

 

 

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