O maior atentado terrorista da aviação comercial foi a série de sequestros de aviões por jihadistas da Al Qaeda, de Osama Bin Laden, no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
Antes das 8h (horário local), os terroristas embarcaram em quatro aviões da United Airlines nos aeroportos de Boston, Washington e Newark.
Às 8h46, o avião que fazia o voo 11 de Boston para Los Angeles, com 11 tripulantes e 81 passageiros, atingiu a torre norte do World Trade Center. As torres gêmeas tinham 110 andares.
Às 9h03, a torre sul foi atingida pelo avião do voo 175 (na foto, prestes a bater no prédio). O voo Boston-Los Angeles tinha 9 tripulantes e 56 passageiros. O segundo ataque deixou claro para o mundo, que assistia ao vivo pela TV, que não se tratava de acidente, mas de ato orquestrado por radicais.
Às 9h37, um avião que fazia o voo 77 de Washington para Los Angeles, com 6 tripulantes e 58 passageiros, atingiu o Pentágono, no Condado de Arlington.
Às 9h58, a torre sul entrou em colapso e desmoronou. Meia hora depois, a torre norte também desabaria, tirando do mapa ambas as construções que eram uma marca do poder financeiro americano.
A nuvem de poeira deixada pelo desabamento das duas torres era tão intensa que podia ser detectada por imagens de satélite da Nasa.
Às 10h03, o avião do voo 93 (na foto, o avião 3 dias antes do atentado), com 7 tripulantes e 37 passageiros, caiu numa área rural em Shanksville, na Pensilvânia.
Cientes sobre os atentados após falarem por telefone com parentes, passageiros lutaram com os terroristas e forçaram a queda do avião num campo vazio (foto). Eles sabiam que não conseguiriam sobreviver. Mas evitaram a morte de muitas outras pessoas.
O heroísmo dos passageiros impediu que o avião fosse jogado contra a Casa Branca. O episódio foi mostrado no filme 'Voo United 93, de Paul Greengrass, indicado ao Oscar de Melhor Diretor e Melhor Edição.
Os ataques de 11/9 deixaram 3.278 mortos. O número oficial da época do atentado, 2.996 mortos, foi atualizado. Em setembro/2021, mais duas vítimas foram identificadas: Dorothy Morgan e um homem cujo nome não foi divulgado a pedido da família. Na foto, ruínas do World Trade Center
Muitas das pessoas que morreram na tragédia do World Trade Center eram bombeiros que tentavam socorrer as vítimas. E isso foi retratado pelo cinema.
No filme 'As Torres Gêmeas', o diretor Oliver Stone, mostra a história de dois bombeiros, vividos por Nicolas Cage e Michael Peña, que ficam presos nos escombros.
No lugar onde havia as torres, foi erguido o novo World Trade Center, que se tornou um dos principais monumentos mundiais em defesa da paz.
Em 21/12/1988, um avião da Pan Am, que fazia o voo 103 entre Londres e Nova York, explodiu no ar quando sobrevoava a cidade de Lockerbie, na Escócia. 270 pessoas morreram (259 no avião e 11 em terra).
Os destroços do avião se espalharam por uma área de 130 quilômetros. Essa ação terrorista foi a mais letal no Reino Unido e é a segunda com maior número de vítimas americanas (189), só perdendo para os atentados de 11 de Setembro. Pedaços da fuselagem foram remontados em instalações para a investigação do crime.
As investigações responsabilizaram dois agentes da Líbia pela explosão da bomba. O então presidente líbio, Muamar Kadafi (foto), fez acordo para entregá-los ao Tribunal Internacional e indenizar as famílias das vítimas (US$ 2,6 milhões na época), em troca do fim de sanções comerciais.
Em 2015, novas investigações apontaram que a ordem para o atentado poderia ter partido do Irã, em represália ao ataque de terroristas palestinos contra o voo 655 da Iran Air (na foto, um avião da companhia). O avião foi abatido por um míssil quando ia para Dubai (Emirados Árabes), em 3/7/1988, deixando 290 mortos.
Porém, em 2020, um terceiro líbio foi condenado pela fabricação do explosivo que causou a tragédia em Lockerbie. Um memorial com os nomes das 270 pessoas que morreram, de 21 nacionalidades, foi erguido na cidade escocesa para manter viva a lembrança das vítimas.
Em 23/11/1985, três radicais palestinos assumiram o controle do voo 648 da Egypt Air, logo após a decolagem em Atenas (Grécia). Um agente egípcio atirou em direção a eles e atingiu a fuselagem. Mesmo sem autorização, o avião teve que pousar em Malta, pois o combustível estava acabando.
Os terroristas exigiram que o avião fosse reabastecido, mas não foram atendidos. Eles começaram a atirar em reféns. Militares egípcios explodiram a porta e invadiram a aeronave. Balanço: 58 mortos, sendo 2 sequestradores. O terceiro fingiu ser refém, mas foi identificado e condenado à prisão perpétua.
Em 31/10/2015, um avião russo da Metrojet - voo 9268 (na foto, o avião 3 meses antes) - caiu na Península do Sinai, após explodir no ar. O voo ia de Sharm El Sheik (Egito) para São Petersburgo (Rússia), com 224 pessoas a bordo. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu o atentado.
Em 19/5/2016, o avião que fazia o voo MS804 da Egypt Air com 66 pessoas a bordo caiu no Mar Mediterrâneo, a 280 km da costa egípcia. Não houve pedido de socorro e o avião, antes de sumir do radar, fez manobras radicais, o que indicou uma ação terrorista.
Os atentados na aviação civil inspiraram a criação de novos procedimentos de segurança. Após a tragédia de Lockerbie, por exemplo, passou a haver um maior controle das malas despachadas, com identificação individual.
Após o 11 de setembro, as regras de segurança mudaram em aeroportos do mundo inteiro. Nos EUA, a cabine dos pilotos passou a ser inacessível e houve autorização para os comandantes portarem armas.