A comercialização de embriões será voltada para o mercado interno do Brasil -  (crédito: Rede de Noticias)

A comercialização de embriões será voltada para o mercado interno do Brasil

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Presente há 44 anos nos Estados Unidos e, atualmente, com 70% de participação no mercado de embriões bovinos desse país, a Trans Ova vai se instalar no Brasil. A empresa, focada no melhoramento genético de bovinos, iniciará suas operações em um laboratório na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro, dentro das instalações da Central Alta Genetics, em setembro de 2024. A comercialização dos embriões será voltada para o mercado interno do Brasil, com uma equipe de vendas da Alta Genetics.

 

Devido aos seus indicadores, a Trans Ova é considerada líder mundial no mercado de embriões, fertilização in vitro e tecnologias de clonagem de bovinos. Os laboratórios e equipamentos da Trans Ova em Uberaba vão reunir Fertilização In Vitro (FIV) e Transferência de Embriões (TE).

 

 

“Serão cerca de 50 pessoas trabalhando in loco, inicialmente, em Uberaba. Algumas vagas já estão preenchidas. Em breve serão divulgadas as outras vagas que ainda estão disponíveis”, informou a assessoria de imprensa da empresa.

 

 

“Vale destacar que a Trans Ova contratou uma equipe com os melhores profissionais de cada área no Brasil. Os técnicos e veterinários que atuarão no país passaram por treinamentos nos Estados Unidos, acompanhando os procedimentos realizados pelos veterinários americanos nas fazendas dos clientes, para entender a nova tecnologia que será aplicada com toda a excelência já reconhecida pelos criadores”, diz outro trecho da nota da empresa.

 

2º maior mercado de embriões do mundo 

 

Dados deste ano da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) indicam que, somente em 2022, foram produzidos mais de 538 mil embriões bovinos no Brasil. Desse total, cerca de 340 mil foram destinados ao gado de corte, enquanto pouco mais de 161 mil foram destinados ao gado leiteiro.

 

Segundo maior mercado de embriões do mundo, conforme estudo de pesquisadores da Embrapa, o Brasil só fica atrás dos Estados Unidos em volume de produção.

 

De acordo com Kevin Hoogendoorn, CEO da Trans Ova, a empresa é a que mais investe em pesquisa nesse mercado em escala global. “E por isso, é também a mais apta a potencializar a produção de embriões no país. A oferta de embriões no mercado nacional aumentará consistentemente com a nossa chegada, pois teremos capacidade de atender à demanda e proporcionar resultados acima da média para os pecuaristas”, considerou.

 

Embriões mais vendidos no Brasil

 

A Trans Ova possui três tipos de embriões: fresco, direct transfer (DT) e vitrificado. “Em muitas ocasiões, o fresco é a opção mais popular, pois possui um aproveitamento maior dos embriões produzidos pelo laboratório, praticidade no curral e melhores taxas de prenhez, quando comparado com embriões criopreservados. Embriões frescos possuem viabilidade mais alta porque não passaram por processos de criopreservação. O manejo é simples e rápido, considerando que não existem processos intermediários”. 

 

Qual a importância da utilização de embriões na pecuária?

 

Na pecuária de corte, segundo informações da Central Alta Genetics, o uso de embriões tem como objetivo melhorar a eficiência alimentar, o ganho de peso e a qualidade da carcaça.

 

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Já na pecuária leiteira, a utilização de embriões visa melhorar a produtividade, a qualidade do leite, a longevidade e a saúde do rebanho.

 

O rebanho brasileiro é de aproximadamente 200 milhões de cabeças de gado, o que o torna o segundo maior rebanho bovino do mundo, o maior exportador de carne do mundo e o quinto maior produtor de leite.

 

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