São Paulo — A utilização de bioinsumos na área plantada na safra 2024/2025 deve ter um crescimento de 2% a 3%. A previsão é da Croplife, associação civil que reúne 55 empresas especializadas em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a produção agrícola sustentável.
Com a alta no preço da soja, provocada pela valorização do dólar registrada nas últimas semanas, a entidade percebeu um aumento na procura por bioinsumos. “Há muita negociação de compra e venda ocorrendo. Os produtores estão buscando soluções mais econômicas e eficientes para otimizar os custos de produção”, afirma o gerente-executivo da Croplife, Renato Gomides.
A estimativa feita pela Croplife tem um índice semelhante ao divulgado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), nesta quarta-feira (11/12), em relação ao crescimento agrícola em 2024.
Segundo a CNA, mesmo em um contexto desfavorável, como os desastres ambientais ocorridos (chuvas extremas no Rio Grande do Sul e queimadas em diversas regiões) e as guerras no cenário externo, o agronegócio brasileiro vai crescer 2% neste ano ante a expectativa anterior de queda de 3%.
Panorama
Nesta quinta-feira (11/12), a Croplife apresentou o Atlas das Tecnologias Agrícolas, publicação que traz dados, informações e projeções sobre o futuro do setor no país para os próximos anos. O Brasil, por exemplo, é primeiro colocado mundial na produção de soja, café, açúcar e suco de laranja.
Por isso, com o país em posição de vanguarda na agricultura, a entidade traçou um panorama sobre o estará no centro das discussões do setor em 2025, como a regulamentação de leis aprovadas, a discussão sobre soluções para a proteção de cultivos e ofertas de alimentos, além de temas que devem passar a cada vez mais discutidos, como a edição gênica, que é a aplicação de técnicas para alterar o DNA de mecanismos vivos de forma direta e eficiente.
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Entre os benefícios da edição gênica estão o desenvolvimento de culturas mais resistentes a pragas e doenças; o aprimoramento de plantas com maior rendimento e melhor qualidade nutricional; e desenvolvimento de culturas mais tolerantes a condições climáticas extremas. “A inovação está presente no nosso dia a dia nas cidades, e, no campo, ainda mais. São práticas que não apenas aumentam a produtividade, mas também fazem parte da demanda global por sustentabilidade”, enfatiza o diretor-presidente da Croplife, Eduardo Leão.