EMPODERAMENTO FEMININO

Mulheres ocupam cargos de liderança na área rural no Norte de Minas

Nova diretoria da Sociedade Rural de Montes Claros tem cinco representantes do sexo feminino. Sindicato de Trabalhadores Rurais também é chefiado por uma mulher

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Cada vez mais as mulheres ocupam postos de liderança que antes eram preenchidos por homens. Em uma demonstração de que “lugar de mulher é onde ela quiser”, o empoderamento feminino ocorre no meio rural no Norte de Minas, setor que, historicamente, era de domínio masculino.

A nova diretoria da Sociedade Rural de Montes Claros, empossada nessa segunda-feira (23/3), conta com cinco mulheres entre seus integrantes. É a primeira vez em quase 81 anos de existência da Sociedade Rural que elas ocupam tal número de cargos no comando da entidade.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros também é presidido por uma mulher, Marina de Cássia Ferreira Silva. Empossada em 2022, ela é a primeira mulher a ocupar o posto em 50 anos de existência do sindicato. 

 

Foi empossado como novo presidente da Sociedade Rural o produtor Flávio Gonçalves de Oliveira. Ele também é doutor em Engenharia Agrícola, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/Campus Montes Claros). Gonçalves substituiu ao produtor rural José Henrique de Carvalho Veloso no comando da entidade, que comemorou 80 anos de existência em 2024.

A nova diretoria (biênio 2025/2026) é composta por 40 integrantes. O novo presidente salienta que a presença das mulheres no grupo representa a inclusão e a diversidade no setor agrícola. “A inclusão é um passo fundamental para o fortalecimento da nossa entidade. A diversidade traz novas perspectivas e ideias, e estamos animados para ver o impacto que isso terá em nossas iniciativas”, afirma Flávio Gonçalves.

O dirigente classista lembra que, anteriormente, a Sociedade Rural de Montes Claros contava com uma mulher em sua diretoria e que ele decidiu aumentar a participação feminina na gestão da entidade como uma forma de reconhecimento do trabalho delas na área do agronegócio.

“Acredito que as quatro (novas diretoras), junto com a outra diretora que já fazia parte do quadro (do comando da Sociedade Rural), possam se organizar para promover um trabalho que abra mais espaço para mulheres nesse setor", assegurou Flávio Gonçalves.

“Estamos em um momento repleto de oportunidades e nossa meta é trabalhar em prol do desenvolvimento regional, unindo tradição e inovação”, acrescenta o novo presidente da associação ruralista.

Além de encaminhar reivindicações do setor rural do Norte de Minas aos governantes, sobretudo, os pleitos relacionados ao combate e a convivência com a seca, a Sociedade Rural promove anualmente (primeira semana de julho) a Exposição Agropecuária Regional de Montes Claros (Expomontes), considerada a segunda maior festa do agronegócio de Minas Gerais. A entidade também é responsável pelo Parque de Exposições da cidade que sedia leilões, shows e outros eventos.

As mulheres da diretoria

As cinco mulheres que integram a nova diretoria da Sociedade Rural de Montes Claros são: Silene Maria Prates Barreto, diretora de Difusão de Tecnologia; Sônia Lopes Cardoso, diretora de Agroindústria; Hilda Andrea Loschi, diretora de Meio Ambiente e Recursos Florestais; Luiza Sarmento Martins Borém, diretora Social; e Carolina Nobre Basso, diretora de Eventos.

“Ao assumir cargos na diretoria da Sociedade Rural, que é um ambiente predominantemente masculino, nós, mulheres, trazemos novas perspectivas e uma sensibilidade única para lidar com os desafios do agronegócio”, afirma Carolina Basso.

“Além disso, a presença feminina na liderança inspira outras mulheres e meninas a sonharem alto, mostrando que é possível ocupar qualquer espaço, independentemente do gênero. O campo também ganha com essa diversidade, pois, diferentes vozes e experiências contribuem para soluções mais completas e eficazes”, considera a diretora de Eventos.

“Sendo assim, é muito gratificante ver essa mudança acontecendo. A liderança feminina no campo não só empodera as mulheres, mas também enriquece toda a comunidade. É um passo importante para um futuro mais igualitário e justo”, conclui Carolina.

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“Eu entendo que o papel da mulher não é substituir ou concorrer com o trabalho do homem mas sim colaborar, caminhar juntos na missão de conduzir um negócio agropecuário. Devemos nos capacitar e nos preparar para o trabalho, como uma pessoa que conhece a atividade e que é capaz de tomar as decisões necessárias”, declara Sônia Lopes Cardoso, diretora de Agroindústria da Sociedade Rural de Montes Claros.

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