Uma mulher iraquiana, de 45 anos, ganhou destaque na revista Clinical Case Reports nesta semana após um caso de extrema alergia ao analgésico e antitérmico ibuprofeno. Ela teve uma manifestação alérgica grave quatro horas depois de tomar o medicamento. A dosagem utilizada foi de dois comprimidos, que juntos somavam 400 mg.

A mulher foi levada ao hospital com manchas vermelhas na pele do rosto, dos braços e das pernas. Ela vomitava, tinha os olhos bastante inchados e deles, transbordava pus. A paciente foi imediatamente entubada, passou por uma lavagem e ficou sete dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para garantir que a reação passasse. A alta foi concedida após sete dias de internação e foram realizados testes em seus órgãos internos, como pulmões e coração, que mostraram que todos estavam funcionando normalmente.

“Por trás de sua presença comum em armários de remédios, existe um perigo potencial no ibuprofeno que, embora raro, exige nossa atenção e compreensão. Essa ocorrência serve como um lembrete de que nenhum medicamento é totalmente isento de riscos”, escrevem os médicos.



Síndrome

A reação alérgica intensa a medicamentos é conhecida como síndrome de Stevens-Johnson. Ela é considerada raríssima, afetando uma pessoa a cada milhão. Em quadros assim, o sistema imunológico reage exageradamente ao medicamento, atacando as próprias células do corpo e causando altos níveis de inflamação.

Sintomas

A síndrome e a necrólise epidérmica tóxica geralmente começam com febre, dores de cabeça, tosse, ceratoconjuntivite (inflamação da conjuntiva e da córnea nos olhos) e dores no corpo. Se forem causados por um medicamento, estes sintomas costumam aparecer entre uma e três semanas após o início do medicamento. Em seguida, a pele começa a sofrer alterações, com uma erupção cutânea plana e vermelha no rosto, no pescoço e no tronco, que frequentemente se estende ao resto do corpo num padrão irregular.

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Tratamento

As pessoas com síndrome de Stevens-Johnson, ou com necrólise epidérmica tóxica, são hospitalizadas. Todos os medicamentos suspeitos de serem responsáveis pelo distúrbio são suspensos imediatamente. Quando possível, essas pessoas devem ser tratadas em um centro para queimaduras ou na unidade de terapia intensiva, recebendo cuidados rigorosos para evitar infecções. Se a pessoa sobreviver, a pele volta a crescer por si só e, ao contrário do que ocorre com as queimaduras, não são necessários enxertos de pele.

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