(Com Agência Câmara) O pacote de corte de gastos proposto pelo governo federal deve ser votado pelas duas casas do Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, previsto para 22 de dezembro. Essa é a expectativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que coordenou, nesta quinta-feira (28/11), uma reunião entre os líderes partidários e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"Pude externar ao ministro Haddad a minha particular boa impressão em relação às medidas. Nosso compromisso é que, tão logo a Câmara dos Deputados aprecie, o Senado submeta diretamente ao Plenário. Para que até o final do ano, antes do recesso, possamos ver apreciadas essas medidas da equipe econômica", declarou Pacheco após o encontro.



A expectativa é de que o pacote seja encaminhado ao Congresso Nacional em uma proposta de emenda à Constituição e em um projeto de lei complementar, que começam a tramitar na Câmara dos Deputados. O presidente do Senado disse que as próximas três semanas exigirão “trabalho muito intenso” dos parlamentares.



"Temos pouco tempo e um grande desafio. São 24 dias de trabalho. Fiz um apelo aos líderes para termos um esforço concentrado e fazermos as entregas necessárias. Estimo que a Câmara dos Deputados possa fazer essa apreciação nas próximas duas semanas. E talvez se reserve a última semana útil antes do recesso para que o Senado possa apreciar", afirmou  Pacheco.



Marco fiscal

Após a reunião com os líderes partidários na Presidência do Senado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "muito receptivo” o clima ao pacote de corte de gastos. "Senti uma grande boa vontade daqueles que se manifestaram nesta reunião. A reação foi bastante favorável, um espírito de abertura muito grande para o diálogo. Saímos daqui com a esperança de que vamos construir um bom arranjo até o final do ano para termos um Orçamento de execução mais tranquilo no ano que vem", avaliou.

 
O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, também demonstrou otimismo. "Raríssimas vezes senti um grau de compromisso tão grande e uma disposição tão grande de se conseguir a aprovação de uma proposta anunciada pelo governo. O centro da proposta, que vamos trabalhar para concluir a aprovação ainda este ano, é a consolidação do marco fiscal aprovado pelo Congresso Nacional", opinou, referindo-se ao novo arcabouço fiscal (Lei Complementar 200, de 2023).

 

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