A fim de melhorar a mobilidade urbana em Belo Horizonte, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob), apresentou os planos para 2025. Segundo o balanço apresentado nesta terça-feira (17/12), o tempo médio das viagens de ônibus no horário de pico é de 14,18 km/h.

 




Entre as grandes obras previstas para a capital está o fim das modificações na Avenida Afonso Pena. Nos primeiros meses do próximo ano, a via receberá faixas exclusivas para o transporte público e melhorias na acessibilidade nas calçadas, ciclovias e pontos de ônibus. As praças ao longo da avenida terão o paisagismo refeito.

 

 

A Via do Minério também terá a implementação de 4 km de faixas exclusivas entre o Anel Rodoviário e a Estação Ponto Milionários. As regiões do Jardim Liberdade, Vila Ecológica, Vila Bernadete, Aglomerado da Serra e Jardim Alvorada receberão novas linhas de ônibus e reestruturação dos serviços já existentes. 


As três intervenções na Avenida Cristiano Machado, localizadas nas avenidas Valdomiro Lobo, Sebastião de Brito e na altura da catedral Cristo Rei, também têm previsão de serem entregues em 2025. 

 


Já as obras da Avenida Amazonas, que também receberá faixas exclusivas de ônibus, serão entregues apenas em 2028. Segundo o superintendente da Sumob, André Dantas, o BRT Amazonas irá transformar não só a realidade de BH, mas de todo o vetor oeste da Região Metropolitana. A declaração foi feita durante coletiva para apresentação de ações de mobilidade urbana para 2025. 


“O projeto do BRT é de um nível alto de transformação porque toda aquela ocupação ao longo da Avenida Amazonas vai se transformar. Podemos imaginar uma nova realidade de ocupação e de acesso das pessoas que vêm da Região Metropolitana para participar de atividades em BH”, afirmou Dantas. 

 

 

Além disso, 100 ônibus elétricos serão adquiridos ao longo do próximo ano e 100 veículos convencionais, substituídos. 


Novo contrato de mobilidade

Dantas também declarou que será firmado um novo contrato de mobilidade. Segundo o superintendente, a intenção é mudar o modelo de negócios, que hoje é muito “pulverizado”, com atuação de 34 empresas de transporte público. 


 

Para Dantas, a questão da mobilidade urbana deve ser pensada desde a calçada até estacionamentos, aplicativos, táxi, bicicletas compartilhadas, entre outros aspectos. “As grandes cidades do mundo pensam isso como um pacote. É impossível que nós não nos dediquemos ao desafio em pensar algo diferente. Fazer a mesma coisa e esperar um resultado diferente é fácil, mas não via dar resultado nenhum”, declarou.


O superintendente explicou que um dos pontos de embate para a realização de melhorias na mobilidade é a própria população. Para ele, o problema do aumento do tempo de viagem é real e, para combatê-lo, é preciso investimentos em faixas exclusivas, faixas preferenciais e BRT. 

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

“Para isso temos que ter projetos, dinheiro e aceitação da população. Temos projetos que estão paralisados porque a população se posicionou contra”, diz. “É um trabalho de democracia, de diálogo, de convencimento e de demonstrar que se nós não fizermos essas intervenções, todos vão pagar por isso, a sociedade toda”, completa.

 
 
compartilhe