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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Felicidade tem idade? Pesquisa revela a curva da felicidade

Na infância somos otimistas por natureza. Já na juventude temos a liberdade para sonhar e planejar o que quisermos, criamos inúmeras expectativas


11/02/2023 10:00 - atualizado 27/05/2023 23:02
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Gráfico com uma curva que lembra um sorriso
Gráfico com uma curva que lembra um sorriso (foto: Reprodução)
 
Pesquisa feita em cento e trinta e dois países, incluindo o Brasil, pela Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos, mostra como nos sentimos em diferentes fases da vida. 
 
O gráfico da felicidade é uma curva em U, formato de um sorriso, para os mais inspirados.
 
Cara feliz com os números 25 e 65 nas extremidades e 45 no meio
Cara feliz com os números 25 e 65 nas extremidades e 45 no meio (foto: Reprodução)
 
Surpreendentemente esse padrão se repete nos mais diversos contextos culturais atingindo homens e mulheres de todos os níveis sociais, com ou sem filhos, e esta%u0301 diretamente relacionado ao grau de expectativas que temos ao longo da vida.
 
Na infância somos otimistas por natureza. Já na juventude temos a liberdade para sonhar e planejar o que quisermos, criamos inúmeras expectativas. 
 
 
Em torno dos 25 anos em diante a maioria começa a sentir que algumas expectativas estão descompassadas com a realidade e sentem uma necessidade de “dar um rumo” para a vida: definição profissional,  casamento, filhos, compra de carro, casa própria, cursos de especialização e, entram as contas a pagar.
 
 
Chegando em torno dos 45 anos muito se fala de crise da meia-idade. Os dilemas se acumulam. Temos a sensação de que perdemos o controle. A vida é corrida e tentamos equilibrar o tempo. Temos que dar conta das tarefas da casa, do casamento – ou o fim dele -,  da educação dos filhos, a maioria ainda dependentes, somam-se os pais na 3ª idade que passam a precisar de nossa ajuda. Temos inúmeros afazeres e ainda nos vemos “correndo atrás” daquilo que planejamos, mas não realizamos.
 
Há um descompasso entre expectativa e realidade, tempo e demanda e, não raro nos encontramos, frustrados, angustiados e estressados.
 
Porém, a partir deste ponto mínimo, a percepção muda de novo, as angústias vão diminuindo e a curva começa a subir.
 
Aqui a vida nos entrega muito mais que as marcas do tempo, as rugas são o símbolo de nossa artimanha, de alguém que chegou até ali, nos traz o sentimento de gratidão pelo que já foi vivido, passamos a ter um olhar mais generoso para nós mesmos, valorizamos nossa história e as nossas conquistas. 
 
Começamos a questionar a finitude da vida e tudo que vem passa a ser lucro, o negócio é aproveitar a vida, da forma que ela vier.
 
Entregamo-nos para uma nova fase com a sabedoria do que não queremos, o que nos faz bem e quem queremos ter ao nosso lado. 
 
Passamos a olhar para o futuro de uma forma mais realista e menos sonhadora, conseguimos projetar nossos sonhos com os recursos que temos e conhecemos. 
 
É claro que a vida não é igual para todos, a curva é um padrão médio, não é uma regra, porém passaremos, se Deus quiser, por todas as fases e, compreendê-las é um bom começo.

Dentro deste cenário o que é possível fazer para enfrentar a baixa da curva e amenizar as fases de infelicidade da vida? 
 
O autoconhecimento é a base de tudo. Envelhecer é um destino. Pense quando você vai fazer uma viagem, o que você faz? Normalmente estuda o local, conversa com quem já foi antes, pede dicas. E com as idades e as fases? Você sabe que vai chegar, ainda bem, sinal de que estamos vivos. Converse com as pessoas que estão à sua frente, se prepare. Estude, se desenvolva. 
 
Cada um de nós é o principal responsável pela sua própria felicidade.  Para que as coisas possam melhorar, depende de nós.
 
A Psicologia Positiva apresenta 6 elementos principais na contribuição da felicidade em qualquer idade, e eu acrescentaria mais 6:
  1. Procure ter emoções positivas – Elas nos levam a estimular e explorar novos conhecimentos. Sorria e brinque mais. Procure levar uma vida mais leve e divertida. Não leve tudo tão a sério. 
  2. Mantenha-se ocupado . Ocupe sua mente com algo que te motiva e faz crescer, se envolva conscientemente.
  3. Cultive as amizades, os amores. Os bons relacionamentos nos fornecem uma grande sensação de apoio e conexão. Quanto mais felizes, mais sociáveis também nos tornamos, e vice-versa.
  4. Procure um significado para dar à sua vida. Tenha metas de vida. Um porque para acordar de manhã e se mover para realizá-las.
  5. Tenha persistência para alcançar o que deseja. A realização traz  uma maior sensação de autoconfiança, o que nos leva diretamente a sensação de felicidade, gerando assim um bom ciclo.
  6. Cuide de sua saúde. Tenha uma alimentação saudável, boas noites de sono e pratique atividades físicas regularmente.
  7. Delete os vampiros emocionais. Exclua de sua convivência pessoas que te sugam, tiram sua energia e saúde, te fazem mal.
  8. Aprenda a dizer não.
  9. Não se compare. Não compare o que os outros tem ou são. A comparação gera frustração, infelicidade e sensação de fracasso. Procure ser a melhor versão de si mesma. 
  10. Planeje. Planeje sua carreira, seus estudos, seus recursos financeiros. 
  11. Prepare-se para a sua aposentadoria emocional e financeira.
  12. Seja grato. Agradeça a vida que tem todos os dias. 
Como diria Mario Quintana: "Existe somente uma idade para a gente ser feliz. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa."

Portanto, responsabilize-se por sua feliz idade, faça a sua parte. 

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