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Estado de Minas ENVELHECIMENTO

Menopausa e andropausa: uma mistura de preconceito e medo

Diferente da menopausa, que chega para 100% das mulheres, os homens após os 40 anos vão perdendo a produção de testosterona, em torno de 1% ao ano


11/03/2023 10:00 - atualizado 10/03/2023 18:01

 
Uma mulher e um homem acima dos 50 anos. Ambos são brancos de cabelos claros e usam um suéter
Para que possamos atravessar as mudanças com mais leveza e menos sofrimento, é necessário vencer o preconceito sobre esse tem (foto: wayhomestudio/Reprodução)
No artigo anterior, abordei o medo do envelhecimento. E, hoje, meu convite para você é a reflexão sobre a andropausa e a menopausa.  
A caminho da longevidade, entre os 40+ e 50 , nossos corpos respondem ao amadurecimento, tanto homens como mulheres percebem uma mudança em sua fisiologia; nesta fase ocorrem os ciclos da menopausa e andropausa.
 
Para facilitar a superação de nossos medos e preconceitos, vamos compreender o que cada ciclo representa.
 
O termo menopausa corresponde a última menstruação. Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Esse termo é, muitas vezes, utilizado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher.
 
Para algumas mulheres, a fase da menopausa e do climatério não apresenta sintomas, porém, a maioria delas começa a ter sintomas já no início do climatério e, com a diminuição progressiva dos hormônios femininos, os sintomas vão aumentando. 
 
Os mais comuns são: ondas de calor, ausência de menstruação e ciclos irregularidade, ressecamento vaginal, dor à penetração e diminuição da libido, instabilidade emocional, depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia, cansaço, ganho de peso e perda muscular.
 
Já na andropausa, “menopausa masculina”, não ocorre uma interrupção completa na produção de hormônios sexuais, por isso o termo técnico para essa condição é distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM).
 
Diferente da menopausa, que chega para 100% das mulheres, os homens após os 40 anos vão perdendo a produção de testosterona, em torno de 1% ao ano e estima-se que apenas cerca de 25% dos homens sentirão o incômodo da andropausa – na maioria dos casos, após os 60 anos de idade, e boa parte dos homens não manifestará nenhum incômodo. 
 
As alterações mais comuns para aqueles que as percebem são: redução de libido, disfunção erétil, ejaculação precoce, perda de pelos, irritabilidade, cansaço excessivo, alterações de humor, dificuldade de concentração, distúrbio do sono, ondas de calor e perda de massa muscular. 
Para a maioria dos homens e mulheres, existe uma conexão “simbólica “que associa a andropausa e a menopausa com a perda da juventude, saúde, beleza e atividade sexual , tornando patológico essa fase e a recusa do envelhecimento. 
 
Independentemente das diferenças entre elas, para ambos os casos , após avaliação e orientação médica,  poderá ser utilizada a  terapia de reposição hormonal. 
 
E tanto para a menopausa como para andropausa, alguns ajustes poderão contribuir, e muito, para amenizar os incômodos trazidos nessa fase. Entre eles:  
  • Manter uma alimentação equilibrada; 
  • Praticar atividade física regular;
  • Adequar a qualidade do sono; 
  • Evitar o excesso de álcool e  cigarro;
  • Trocar experiências e informações;
  • Cuidar da saúde mental com processos terapêuticos;
  • Praticar meditação para controle das emoções.
Para que possamos atravessar as mudanças com mais leveza e menos sofrimento, é necessário vencer o preconceito sobre esse tema, e é primordial  olharmos para o nosso corpo com gentileza e atenção, possibilitando a compreensão de qual parte do processo estamos. Estudar as melhores alternativas para o nosso bem-estar e agirmos em favor de nós mesmos. 
 
Somos decisores e ao mesmo tempo resultado das ações escolhidas. 
 
Pense, na maioria das vezes, quando estamos enfrentando uma doença,  o que fazemos? Procuramos ajuda, trocamos informações com quem já viveu ou está vivenciando o processo. Nos informamos, estudamos o tema. E agora? Por que está tão difícil? 
 
Para compreendermos nosso tabu, ou “onde a coisa pega“, algumas perguntas podem nos ajudar: Do que realmente tenho medo ou dificuldade de falar? Por que estou constrangido com essa questão? O que, de fato, me incomoda? 
 
Corra atrás de suas respostas, se conheça melhor, desafie-se. Busque ajuda.
 
Passar pelo processo, todos nós vamos, querendo ou não. Como, depende de nós.
 
"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências" (Pablo Neruda). 

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