Ainda menino, via meu avô hastear a bandeira na fachada de casa em todos os feriados nacionais e durante a Semana da Pátria; no grupo escolar, ainda nos anos 40, hasteávamos e arriávamos a bandeira todos os sábados, cantando o Hino Nacional e o Hino a Bandeira – que tem letra de Olavo Bilac.
Eu ainda não tinha dois anos de idade e Sílvio Caldas gravava Fibra de Herói, com simples e bela letra do poeta Theófilo Barros Filho e música do consagrado maestro Guerra Peixe.
Os símbolos são importantes. As pessoas os têm, as famílias, as empresas, as religiões, os clubes esportivos. E o nosso símbolo maior é a Bandeira, como é a Constituição, como lei maior.
Pisotear uma e outra são agressões a todos nós. São amálgamas, que nos unem, numa época em que parece haver no ocidente um movimento que visa à separação, ao apartheid, quem sabe para nos enfraquecer. Divide et impera. Ou seja, fracciona uma nação, separando seus nacionais, para facilitar a tomada do poder e impor a vontade do conquistador.
A juíza e a cantora que atacaram a bandeira servem para sacudir nossas consciências a lembrar que somos todos guarda-bandeiras e que a indiferença de muitos mostra que o nosso símbolo maior – que nos une na união que faz a força – está esquecido nas escolas e talvez em nossas casas.