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“Se o Fernández vencer, teremos que ser parceiros, e não rivais”
Um dos principais executivos de uma grande empresa brasileira com negócios na Argentina está preocupado com os desdobramentos do comentário feito pelo presidente Jair Bolsonaro nesta semana a respeito do resultado das eleições primárias no país vizinho. A chapa peronista formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner venceu o pleito com folga, devendo suceder Mauricio Macri na presidência.
Ao comentar o resultado, Bolsonaro disse que “bandidos da esquerda” estão voltando ao poder na Argentina. “Não dá para fazer uma afirmação dessas”, diz o executivo. “Votei no Bolsonaro, estou confiante na agenda de reformas, mas chamar um presidente vizinho de bandido ultrapassa todos os limites.
Como você vai sentar numa mesa de negociações tendo ofendido o sujeito?” O profissional, que atua na área de comércio exterior há 30 anos, diz que as agressões atrapalham o que realmente interessa – as trocas comerciais. “Não tem jeito. Se o Fernández vencer, teremos que ser parceiros, e não rivais”.
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Argentina 2
País é estratégico para empresas brasileiras
A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, depois de China e Estados Unidos. Não à toa, empresas brasileiras de diversos setores investem regularmente no país. Há 20 dias, a companhia de turismo CVC comprou a argentina Almundo por US$ 77 milhões. Fabricante de carroceiras de ônibus, a Marcopolo desembolou US$ 9 milhões para adquirir a também argentina Metalsur. Para a cervejaria Ambev, o país vizinho é estratégico, respondendo por 9% do volume total de vendas.
Avon fecha parceria com rede Pernambucanas
Começa nesta semana uma das mais importantes ações da Avon depois da venda para a Natura. A marca será exposta nas vitrines da rede Pernambucanas. Na primeira fase, serão oferecidos produtos das linhas de perfumes, maquiagem e cuidados para o corpo. A parceria inclui os canais digitais da varejista, como app e site. Nos últimos anos, a marca Avon perdeu relevância e mercado no país. Agora, sob o comando da Natura, tenta se reerguer.
O mar está para iates
O estaleiro Azimut Yachts ultrapassou a marca de 200 iates de luxo produzidos no Brasil desde 2010, quando chegou ao país, o que corresponde a um valor de mais de R$ 1 bilhão. Neste ano, as vendas crescem acima de dois dígitos, comprovando a força do setor mesmo em tempos de crise. Atualmente, São Paulo lidera a procura, com participação de 60% nos negócios. As exportações correspondem a 20% da produção brasileira, outro fator que contribui para manter a produtividade em alta.
R$ 71,5 bilhões
foi o lucro líquido das 306 empresas brasileiras de capital aberto no segundo trimestre de 2019, alta de 73,4% em relação ao mesmo período de 2018. Os dados são da consultoria Economatica
RAPIDINHAS
Campeão mundial em número de dentistas, com 319 mil profissionais em atividade, o Brasil é também uma espécie de laboratório para a digitalização dos consultórios. A rede de franquia Dentalis, responsável por 32% do segmento, está firmando parcerias com fintechs para criar aplicativo próprio e conta digital exclusiva para profissionais da área.
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A RJ Investimentos, empresa de agentes autônomos credenciada à XP Investimentos, segue em ritmo de expansão. Após inaugurar escritório em São Paulo, implementará mais duas unidades, em Nova Friburgo e Teresópolis, ambas no Rio. O escritório espera atingir a meta de R$ 10 bilhões em patrimônio assessorado até o fim de 2020.
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Mesmo com a Selic em mínima histórica, o brasileiro tem evitado financiamentos. Isso é bom para os consórcios. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o setor encerrou o primeiro semestre do ano com aumento de 14,75% nas vendas de cotas novas na comparação com
um ano atrás.
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A Via Varejo foi a grande decepção da temporada de balanços encerrada na semana passada. Dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, a empresa perdeu R$ 154 milhões no segundo trimestre. Para o mercado, o que preocupa é a falta de uma estratégia clara capaz de virar o jogo.