A temporada de balanços que começa nesta semana será um termômetro importante do ritmo de retomada da economia. No mercado financeiro, a expectativa é que as empresas apresentem números melhores no terceiro trimestre, o que já seria efeito da arrumação da casa feita pelo ministro Paulo Guedes. De fato, nota-se nas últimas semanas um aumento do otimismo do empresariado – e isso apesar dos tempos quentes na política. Na avaliação da XP, companhias com forte atuação no comércio eletrônico, os frigoríficos e as locadoras de carros liderarão a safra de bons resultados. No campo oposto, o varejo ainda deverá sofrer com a modesta retomada do consumo das famílias. Ontem, o Ibovespa, o índice mais importante da bolsa de São Paulo, alcançou 106.022 pontos – o maior patamar de fechamento da história. Se os balanços entregarem números expressivos, é razoável supor que novos recordes serão quebrados.
O efeito positivo da chegada das companhias aéreas de baixo custo
As companhias aéreas de baixo custo, como a chilena Sky Airline e a norueguesa Norwegian Air, podem estar ajudando a baixar o preço das passagens para destinos internacionais. Segundo a plataforma de busca de viagens Kayak, os valores caíram 23% nos últimos 12 meses. A rota Rio-Londres, por exemplo, foi de R$ 5.990 para R$ 4.611. “Os preços caíram tanto pela chegada das low costs como pela revisão de estratégia de companhias tradicionais”, diz Eduardo Fleury, diretor da Kayak no Brasil.
Airbnb 1: STJ decide futuro do aplicativo no país
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem em mãos um caso que pode decidir o futuro do Airbnb no país. Trata-se do pedido de anulação de um parecer do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que proibiu a dona de um apartamento de Porto Alegre de alugá-lo pelo aplicativo. O ministro Luís Salomão, relator do processo, entende que os condomínios não têm o direito de vetar a locação e votou a favor do Airbnb. O julgamento, porém, foi interrompido após pedido de vista do ministro Raul Araújo.
Airbnb 2: Nos Estados Unidos, app tem restrições
No Brasil, há decisões divergentes sobre o direito de proprietários de oferecerem seus imóveis para locação em plataformas digitais como o Airbnb. Em São Paulo, a Justiça decidiu a favor do app. Nos Estados Unidos, cidades como Nova York permitem o uso do aplicativo, mas o dono do imóvel precisa tirar uma espécie de licença comercial. Além disso, o turista não pode alugar o apartamento inteiro por menos de 30 dias – apenas um dos cômodos, e desde que o proprietário esteja presente.
"Alguns fracassos são inevitáveis. É impossível
viver sem fracassar em alguma coisa, a não ser que você viva tomando tanto cuidado com tudo que simplesmente não viva” - J. K. Rowling, escritora britânica conhecida pela série Harry Potter
RAPIDINHAS
» Os vazamentos de dados chegaram a níveis alarmantes. Na Argentina, um hacker publicou na dark web informações de policiais federais e de guardas da cidade de Buenos Aires. São 700 gigabytes – o equivalente ao conteúdo de 200 DVDs – de arquivos com nomes, telefones e endereços dos policiais.
» O caso é grave e coloca em risco os profissionais e seus familiares. Na semana passada, as autoridades argentinas confirmaram que as informações publicadas na dark web são verdadeiras. Até ontem, vários suspeitos tinham sido presos, mas a polícia não confirmou se eles são os responsáveis pelo vazamento. A realidade é que todas as pessoas estão expostas aos perigos da nova era digital.
» Os automóveis movidos a combustão estão com os dias contados. Na Inglaterra e na França, a meta é tirá-los do mercado até 2035. Na Califórnia, a ideia é banir caminhões a diesel em no máximo 20 anos. O Brasil ainda não levou a sério a discussão, mas uma hora ela virá, quer as empresas queiram ou não.
» A eletrificação dos motores de carros é um caminho sem volta. De olho nesse mercado, o Grupo Moura, maior fabricante de baterias da América Latina, criou no ano passado uma divisão especializada em lítio. Agora, a empresa pernambucana fechou parceria com a chinesa CATL para fornecer baterias para ônibus híbridos.
7 em cada 10 micro e pequenos empresários estão confiantes com o cenário econômico para os próximos seis meses, segundo estudo feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Entre os otimistas, 40% apontam as medidas adotadas pelo governo como principal razão