A Vale apresentou com exclusividade a esta coluna os números de suas obras emergenciais em Brumadinho e de contenção de barragens em nível 3 de emergência. Nelas trabalham atualmente 6,7 mil pessoas, das quais 3,8 mil foram recrutadas nos próprios municípios onde são realizadas as ações. O total de empregos gerados pela empresa equivale a cerca de 25% do saldo de vagas formais do setor de construção civil em Minas Gerais no acumulado até setembro deste ano. Ao todo, são 63 empresas e mais de 1 mil equipamentos mobilizados para a execução dos trabalhos. Os investimentos chegarão, segundo a empresa, a R$ 3,3 bilhões até 2023. O aumento do emprego e da renda circulando nas cidades onde estão sendo executadas as obras alavancou a arrecadação de impostos. Com o ICMS, Brumadinho recolheu R$ 112 milhões entre janeiro e setembro deste ano, contra R$ 51,8 milhões no mesmo período de 2018, o que representou um salto de 116,2%. Os dados são da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF).
RAPIDINHAS
A Yduqs, uma das maiores empresas de educação do Brasil, alcançou a marca de 575 mil alunos, o maior número de sua história. O desempenho se deve ao ensino a dstância (EAD), que viu sua base de estudantes aumentar 65% neste ano. Em outubro, a Yduqs comprou os ativos da Adtalem no Brasil, dona de instituições como o Ibmec, por R$ 1,9 bilhão.
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A Santo Antônio Energia aderiu ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção, do Instituto Ethos. A ação faz parte das iniciativas da área de compliance e controles internos da concessionária, que assim se compromete a adotar padrões éticos no ambiente corporativo. Lançado em 2006, o Pacto conta atualmente com a adesão de 600 empresas.
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Elon Musk, o polêmico presidente da Tesla, anunciou que a empresa vai construir uma fábrica em Berlim, na Alemanha. Será a primeira da montadora americana na Europa. Além de produzir carros elétricos, a unidade terá um centro de engenharia e design. O valor do investimento e a previsão de início das obras não foram informados.
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A chegada da Tesla à Alemanha é simbólica. O país é o quarto maior fabricante de carros da Europa e berço das marcas Volks, Mercedes, BMW e Audi. Não é só o mercado europeu que interessa. Musk está de olho na China, onde vai construir uma fábrica de US$ 2 bilhões.
"Sou fortemente contra o bitcoin e acho que somos um pouco complacentes. A criptomoeda em si não é real, não tem características que uma moeda deve ter”
. Jean-Claude Trichet, ex-presidente do Banco Central Europeu
R$ 60 bilhões é quanto vai movimentar o Natal de 2019, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). No ano passado, a data
gerou R$ 53 bilhões
em negócios
China 1: Fome por carne bovina brasileira
Os chineses estão famintos por carne brasileira. Em outubro, o país asiático comprou 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, 110% a mais do que no mesmo mês de 2018 e novo recorde mensal. No ano, o volume chegou a 603 mil toneladas, ante 587 mil no período anterior. O que já era bom tende a ficar ótimo. Nesta semana, 13 novos frigoríficos brasileiros foram habilitados para exportar para a China, o que provavelmente levará a um volume recorde de negócios em 2020.
China 2: Frango também está na mira
A carne de frango brasileira também avança no mercado chinês. Entre janeiro e outubro, os envios para a China cresceram 40% ante o mesmo período de 2018. Assim como nos bovinos, três frigoríficos de carne de frango foram autorizados nesta semana a ingressar na nação da muralha. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), agora o Brasil conta com 46 plantas credenciadas a exportar frango para a China.
China 3: Embaixador do Brasil vê momento propício para investimentos
As relações entre Brasil e China foram marcadas por muitos vaivéns em 2019. Começaram com a desconfiança de que o presidente Jair Bolsonaro manteria o discurso anti-China adotado na campanha, evoluíram para a visita do brasileiro ao país asiático e culminaram ontem com a troca de afagos entre os dois líderes na cúpula dos Brics. “O encontro tranquilizou empresários de ambas as nações, criando um ambiente favorável para investimentos”, diz Paulo Estivallet, embaixador do Brasil na China.