De todos os males que a corrupção trouxe para o Brasil, um deles parece ter sido banalizado: o valor do dinheiro. O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral se comprometeu a devolver R$ 380 milhões que recebeu em forma de propinas. É muito dinheiro. Para se ter ideia, em 2017, a gigante de alimentos Kraft Heinz investiu esse montante para construir uma fábrica inteira em Goiás, que gerou aproximadamente mil empregos. O Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, desembolsou quantia equivalente para financiar startups, projeto que desperta o empreendedorismo e impulsiona a inovação no Brasil. Há muitos exemplos. O montante surrupiado por Cabral é próximo do faturamento de um ano inteiro da empresa de tecnologia Locaweb, que atende 300 mil clientes em seis unidades de negócio. Se um único político é capaz de embolsar um valor desses – isso se não houver mais propina de Cabral espalhada por aí –, não é difícil imaginar o que essa gente fez com o Brasil.
4 milhões de carros fabricados pela Volkswagen no Brasil foram exportados desde 1970 para 147 países. A marca, atingida nos últimos dias, mostra a importância da operação brasileira para a gigante alemã
"Queremos a maior virada do varejo brasileiro" - Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo, dona de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com. No Investor Day, evento dedicado a investidores, ele apresentou os planos da empresa para voltar a operar no azul
Brasileira Gympass compra empresa em Portugal
Depois de virar unicórnio – como são chamadas as empresas iniciantes avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão – a startup brasileira Gympass vem ganhando musculatura. Maior plataforma do mundo de planos corporativos de academias de ginástica, a empresa comprou nesta semana, por valores não revelados, a portuguesa Flaner, especializada em inteligência artificial e aprendizado de máquina. A ideia da Gympass é usar a Flaner como seu escritório de tecnologia na Europa.
PIB pode crescer 3% em 2020
Não será surpresa se as próximas projeções para o PIB brasileiro em 2020 resvalarem nos 3%. É consenso entre economistas e o mercado financeiro que o país, enfim, destravou. A retomada ainda não despertou o que o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto chama de “espírito animal” dos empresários – necessário para o aumento “selvagem” dos investimentos –, mas os sinais positivos estão por todos os lados. Ontem, a Confederação Nacional da Indústria já falou em crescimento de 2,5% do PIB em 2020.
Rappi vai virar Uber?
Nos últimos 4 anos, os entregadores da Rappi e suas mochilas coloridas invadiram os centros urbanos. A empresa de entregas, porém, não quer ficar só nesse ramo. Agora, a startup colombiana passará a oferecer no aplicativo o serviço de transporte urbano. A Rappi assinou um contrato com a empresa brasileira de gestão de táxis Wappa. É interessante observar o movimento no mercado de apps de carros. No Brasil, o setor conta com três gigantes (99, Uber e Cabify). Há espaço para mais concorrentes?
RAPIDINHAS
» As redes Marisa e Pernambucanas assinaram uma parceria com a Jequiti para a venda de cosméticos da marca. Segundo o acordo, os cremes e perfumes da Jequiti serão oferecidos em 216 lojas da Marisa e 30 da Pernambucanas. Não é um projeto inédito. Desde agosto, a Pernambucanas vende produtos da Avon em 32 unidades.
» A Kibon vai relançar uma iniciativa que fez sucesso no passado recente: a distribuição de prêmios. Eles ficarão escondidos nas embalagens de sorvete vendidas nas lojas de conveniência Shell Select. Os prêmios são cartões de crédito pré-pagos da BPP carregados com R$ 400. Com a retomada econômica, a Kibon espera faturar
alto no verão.
» A Intel tem planos ambiciosos para a transmissão dos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020. Parceira oficial do comitê organizador, a gigante americana de tecnologia vai usar realidade virtual e inteligência artificial para melhorar a experiência visual dos torcedores que vão acompanhar as disputas pela TV, computadores e smartphones.
» Investir em inteligência artificial é prioridade na Intel. Nesta semana, a empresa comprou, por US$ 2 bilhões, a israelense Habana Labs, referência no setor. Para se aproximar do pulsante mercado de inovação israelense, a gigante da Califórnia mudou sua sede de tecnologias automotivas para Jerusalém.