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Brasil tem mais leitos de UTI do que a Itália

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Um estudo realizado pela conceituada universidade americana Johns Hopkins comparou o número de leitos de UTI entre os países para ter alguma ideia sobre os que estariam mais preparados para enfrentar a crise do coronavírus. Surpresa: o Brasil brilha no ranking. De acordo com o levantamento, existem no país, em média, 20,3 leitos de UTI por 100 mil habitantes, menos apenas do que Estados Unidos (34,7) e Alemanha (29,2). O Brasil está à frente de nações ricas como Itália (12,5), França (11,6), Espanha (9,7), Japão (7,3) e Reino Unido (6,6). É verdade que existem discrepâncias em um país continental como o Brasil, mas todas as regiões apresentam indicadores satisfatórios. No Norte, a média é de 12,5 leitos de UTI por 100 mil habitantes. No Nordeste, 13,6. Nos dois casos, é mais do que na Coreia do Sul (10,6), Portugal (4,2) e China (3,6). Os brasileiros costumam subestimar o sistema de saúde do país, mas pesquisas sérias mostram que o preconceito nem sempre é justificável.


Demografia joga a favor do Brasil


O Brasil possui algumas vantagens em relação aos países europeus para combater com mais eficácia a pandemia do coronavírus. A demografia é uma delas. Segundo dados compilados pela Johns Hopkins, 8% da população brasileira entre 60 e 69 anos, 4% entre 70 e 79 e 2% mais de 80 anos. Na Itália, a pirâmide populacional é diferente: 12% têm entre 60 e 69 anos, 10% entre 70 e 79 e 7% mais de 80. Os idosos são os mais suscetíveis à covid-19 e costumam ficar mais tempo nos leitos de UTI. 


Na China, economia volta com força


Enquanto a economia do Ocidente sofre com o coronavírus, a China acelera. O país estima que, em uma semana, 80% dos voos terão voltado à normalidade. Toda a indústria automotiva e de eletrônicos trabalha na capacidade máxima e, no comércio, 90% das lojas reabriram. A Starbucks, que chegou a ter 80% de suas 4,3 mil lojas fechadas, a partir de hoje não terá mais nenhuma sem funcionar. A empresa anunciou que irá investir US$ 130 milhões em uma planta de torrefação de café na China.


Bancos não adiam pagamento de dívidas


Os cinco grandes bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) alardearam que estão dispostos a prorrogar, por dois meses, os vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e micro e pequenas empresas, mas na prática isso não ocorreu. Nos últimos dias, quem tentou renegociar boletos com gerentes ouviu como resposta que o projeto está em fase de estudos. Ou o sistema adota oficialmente a proposta ou vai ficar a impressão que se trata apenas de propaganda enganosa.



RAPIDINHAS


O dono de uma rede de restaurantes que emprega 500 pessoas se irrita quando colegas falam em demissões. “Não é hora disso”, diz. “Todos estão no mesmo barco e cortar pessoal vai gerar pânico.” O empresário defende que o governo crie linhas de crédito para empreendedores em risco. “É a única saída.”

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Se algumas empresas planejam demissões, outras vão na direção oposta. A cervejaria Ambev abriu inscrições para o seu programa de estágio. A ideia é contratar estudantes matriculados no penúltimo ou último ano de graduação para as áreas de tecnologia e suprimentos. As inscrições devem ser feitas no site da empresa até 30 de março.A tecnologia tem sido parceria do home office. 

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Há cerca de uma semana, quando começaram a explodir os casos de coronavírus no Brasil, a Cisco liberou o acesso gratuito ao Webex, software para videoconferência que comporta até 100 participantes simultaneamente. Desde então, a empresa contabiliza o aumento de três vezes do uso da ferramenta.



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A farmacêutica brasileira Apsen, que fabrica medicamentos à base de hidroxicloroquina, vai triplicar a produçãodo remédio. Estudos preliminares mostram que a substância pode ser eficaz no combate ao novo coronavírus. Segun do a empresa, a ideia é fazer turnos extras para acelerar os trabalhos.

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40% é quanto cresceram as vendas pela internet na primeira quinzena de março na comparação com igual período do ano passado, segundo dados do Compre e Confie, empresa especializada em inteligência de mercado. O crescimento é resultado das restrições de circulação impostas pelos governos.