O mercado financeiro comemorou ontem a volta gradual das atividades em São Paulo, principal polo econômico do país. A reabertura, mesmo com restrições, de shoppings, concessionárias de veículos, imobiliárias e escritórios deu fôlego ao Ibovespa, que fechou o pregão com alta de 2,90%. Apesar da crise política, o otimismo tem prevalecido, estimulado por novos pacotes econômicos na União Europeia e a retomada dos negócios em diversos países. Desde as mínimas do ano, o Ibovespa já subiu 40%. O que explica uma recuperação tão rápida mesmo sem a pandemia do coronavírus dar trégua para o país? A confiança dos investidores não é exagerada? Para Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais, é preciso levar em conta o perigo de uma segunda onda de contaminação, o que certamente jogaria o preço dos ativos para baixo. A demora da vacina para a COVID-19 é outro complicador. Em um cenário tão instável, o investidor deve ter em mente que não é hora de correr riscos excessivos.
A Disney está de volta
Depois de três meses fechados, os parques temáticos da Disney em Orlando (foto), na Flórida, serão reabertos a partir de 11 de julho, no início do verão no Hemisfério Norte. Mas nada será como antes. A ideia é cortar pela metade, pelo menos nas primeiras semanas, a presença do público e obrigar os frequentadores a usar máscaras e manter distanciamento social. Além disso, os tradicionais desfiles de personagens da Disney e shows com fogos de artifício continuarão suspensos.
Executivo defende flexibilizar recuperação judicial
O vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Hélio Ferraz, faz uma projeção que revela o estrago da pandemia do coronavírus na economia brasileira. Segundo o executivo, serão 3 mil pedidos de recuperação judicial em 2020, o dobro da média de um ano comum. Ele defende a flexibilização das recuperações judiciais, aprovada pela Câmara e que segue agora para o Senado. “É uma ação inteligente porque cria um espaço de negociação para as partes envolvidas (credor e empresa)”.
Renault, Nissan e Mitsubishi vão fabricar carros em conjunto
As montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi anunciaram que vão produzir em conjunto quase metade de seus carros até 2025. Segundo o acordo, a Nissan cuidará dos mercados da China, América do Norte e Japão, a Renault ficará com Europa, Rússia, América do Sul e Norte da África, enquanto a Mitsubishi administrará o Sudeste Asiático e Oceania. A principal vantagem da parceria é a redução de custos e investimentos em até 40%. Fechamento de fábricas e cortes de empregos também estão previstos.
RAPIDINHAS
- O aplicativo TikTok é o novo fenômeno das redes sociais. Em 2020, foi baixado 315 milhões de vezes, mais do que qualquer outro (o WhatsApp, segundo colocado no ranking de downloads, teve 250 milhões de novos acessos). Disponível em 150 países, o TikTok foi criado em 2017 pela chinesa ByteDance.
- Apesar do sucesso, o TikTok enfrenta uma série de problemas. Recentemente foi acusado por especialistas em segurança digital de enviar dados de usuários para servidores na China. Outro motivo para desconfiança é a gestão de conteúdo. É comum o app bloquear vídeos que denunciam a violação de direitos humanos no país asiático.
- A FIA Business School (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Apex-Brasil, realizará hoje, às 15h, o webinar “Como elaborar a estratégia internacional da sua empresa em tempos de crise”. Os palestrantes são os professores da FIA Moacir Miranda, Diego Coelho e Felipe Borini e a analista de internacionalizaçã o da Apex-Brasil, Luciana Gatto.
- Em agosto, o Distrito Federal inaugura a sua maior usina de energia solar. Instalada no campus Taguatinga da Ubec (União Brasileira de Escolas Católicas), ela será a primeira de oito unidades contratadas pela instituição. Em 25 anos, estima-se que a economia gerada pelas usinas será de R$ 180 milhões.
12 mil
funcionários serão demitidos pela Boeing, que lançou um programa radical de corte de custos. A fabricante americana de aeronaves sofre com o cancelamento de pedidos durante a crise do coronavírus