A estabilização dos contágios pela COVID-19 encorajou grandes empresas a preparar o retorno dos funcionários aos escritórios. Na Nestlé, a volta começará no dia 27 de julho, em esquema de revezamento. Na Ambev, a volta foi dividida em três fases, mas, por enquanto, apenas 20% da força de trabalho da sede em São Paulo está autorizada a dar expediente presencial. Além disso, reuniões continuam vetadas. Gigantes como Unilever e EMS devem convocar colaboradores a partir de agosto. Os brasileiros estão satisfeitos com o home office.
Segundo pesquisa realizada pela consultoria LogMeIn com trabalhadores de diversos países, os profissionais do Brasil são os que mais desejam manter o trabalho remoto de forma definitiva, com 83% de aprovação do sistema. O estudo também mostrou que 50% deles topariam reduzir o salário para permanecer em home office. Apesar disso, nem todas as empresas estão dispostas a aderir ao modelo para sempre. É difícil mudar práticas enraizadas nas corporações.
Banco Asiático pode trazer US$ 1 bi para o Brasil
A aprovação pela Câmara dos Deputados da participação do Brasil como membro do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) pode atrair recursos para o combate ao coronavírus. “Com a chancela da Câmara, os bancos e agências de fomento brasileiros poderiam captar até US$ 1 bilhão”, diz Sergio Gusmão Suchod Olski, presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Segundo o executivo, o AIIB tem um programa de crédito de US$ 15 bilhões para investimentos internacionais.
Cargill investe no sistema de franquias
O agronegócio está atento às oportunidades geradas pelo sistema de franquias. Uma das maiores empresas do mundo no setor de alimentos, a americana Cargill passará a atender pecuaristas por meio dessa modalidade. Segundo a empresa, os franqueados vão trabalhar de forma independente com os produtos da marca Nutron, adotando o mesmo modelo de venda direta da Natura. A iniciativa foi desenvolvida pela divisão de nutrição animal da Cargill e a expectativa é chegar a 300 franqueados até 2025.
"Algumas pessoas disseram que vírus não sabe se você é rico ou pobre, mas, infelizmente, não é assim. Nos Estados Unidos, os latinos e africanos têm três vezes mais chances de serem infectados e quatro vezes mais chances de morrerem do que os brancos não latinos"
Esther Duflo, francesa que ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2019
50,5%
foi quanto cresceram as vendas de carros novos na primeira quinzena de julho na comparação com o mesmo período de junho. O resultado veio acima da expectativa do mercado e sinaliza uma recuperação mais veloz
Rapidinhas
- A estratégia da Apple de estimular que seus clientes troquem smartphones usados por novos deverá ser rentável. Estima-se que existam 900 milhões de iPhones em circulação no mundo. Juntos, eles têm valor de troca (chamado no mercado de trade-in) de US$ 150 bilhões. Cerca de 50% dos donos de iPhones substituem o aparelho desse jeito.
- As videoconferências ganharam espaço na rotina das empresas durante o isolamento social, mas elas geram efeitos colaterais indesejados. Um estudo recente publicado nos Estados Unidos mostrou que, no home office, os executivos trabalham 15% mais. Em média, profissionais de cargos de chefia participam de cinco videoconferências por dia.
- A Ambev é a única empresa brasileira a integrar uma lista feita pela ONU que destaca iniciativas globais de combate ao coronavírus. A cervejaria doou 1,2 milhão de frascos de álcool em gel para hospitais públicos, 3 milhões de máscaras para profissionais de saúde e 700 mil garrafas de água potável a comunidades carentes.
- O Mercado Livre lançou a quarta edição da Ecofriday, campanha que promove produtos com impactos socioambientais positivos em cinco países da América Latina (Brasil, Chile, Colômbia, México e Uruguai). A iniciativa, válida até 24 de julho, reúne 9 mil itens como painéis solares, bicicletas, alimentos orgânicos e produtos da Amazônia.