As primeiras bicicletas elétricas começaram a circular no Brasil há cerca de uma década, mas o mercado nunca emplacou por uma simples razão: preço. Alguns modelos chegavam a custar mais do que motos, o que sempre foi um obstáculo para o crescimento do setor. Com o tempo, os fabricantes passaram a lançar unidades mais em conta, e as vendas, enfim, deslancharam. Em 2020, 32 mil bikes elétricas deverão ser produzidas no país, um recorde.
As importações também são crescentes: no primeiro semestre, 7.247 exemplares desembarcaram no mercado nacional, número 64% superior a 2019. O segmento agora ganhará novo impulso com o sistema de compartilhamento. Hoje, o Itaú lança no Rio de Janeiro, em parceria com a startup de mobilidade Tembici, o primeiro serviço da América Latina de bicicletas elétricas compartilhadas. Por enquanto, o uso é gratuito, mas a ideia é cobrar pequenas taxas a partir de outubro. Até o fim do ano, outras capitais participarão do projeto.
HC inaugura plataforma de inteligência artificial
O Hospital das Clínicas, maior complexo hospitalar da América Latina, inaugurou a única plataforma de ensino de inteligência artificial do país. Trata-se do In.Lab, que se dedicará ao desenvolvimento de tecnologias para o rastreamento e diagnóstico de câncer, identificação de lesões cerebrais e anormalidades no coração, pulmões e aorta. O projeto consumiu R$ 1,2 milhão e é fruto de parceria entre a Siemens Healthineers e o setor público.
Tributos fazem mal para a saúde
A elevada carga tributária brasileira é um estorvo que inibe diversos setores, mas para alguns é ainda mais ofensiva. Segundo a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), o peso dos impostos para a atividade está em 33% – é a taxa mais alta do mundo. A média global é 6%. Os tributos excessivos não oneram apenas as empresas. Eles afetam os doentes. A Abrafarma diz que 54% dos usuários crônicos abandonam os remédios após seis meses. Um dos motivos é o preço.
Celulares revolucionam mercado de videogames
Os smartphones estão revolucionando a indústria de videogames, assim como fizeram com o mercado de músicas e vídeos. Atualmente, 50% das receitas do setor são geradas por aparelhos móveis. Estima-se que o índice chegará a 70% em até dois anos. Na China, o maior mercado do mundo para o setor, 500 milhões de pessoas jogam pelo celular. O setor vive uma expansão sem precedentes. Há dois anos, 5 mil empresas se dedicam a desenvolver videogames no mundo. Agora, são 20 mil.
RAPIDINHAS
A diversidade entrou de vez na agenda das empresas. Amanhã, a Qualicorp, maior administradora de planos coletivos do país, realiza a primeira de uma série de lives com personalidades que relatarão os desafios enfrentados na vida pessoal e profissional. O encontro terá oito convidados. Entre eles, a ex-ginasta Laís Souza.Bruno Blatt, CEO da Qualicorp, definiu que 10% das novas contratações em 2020 serão destinadas a pessoas com deficiência. No ano, a empresa adicionou 500 profissionais ao quadro de funcionários, e novas aquisições estão previstas até dezembro. A live terá transmissão no canal da Qualicorp no YouTube.
O Stop Hunger, rede global que atua há 23 anos no combate à fome e má nutrição no mundo, doará ao Brasil, um dos países mais afetados pela COVID-19, 400 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões). Até outubro deste ano, os recursos serão destinados a 10 Ongs. A ação é apoiada pelo grupo francês Sodexo e será coordenada pelo Instituto Stop Hunger Brasil.
Depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o uso de drones para entregas comerciais, diversas empresas se interessaram pelo negócio. O iFood estreia o serviço em outubro, em Campinas (SP). A Azul Cargo pretende despachar remédios pela via aérea a partir do início do ano que vem.
''Excluir negros do mercado de trabalho é um enorme desperdício de talentos. Por isso, vejo os programas de diversidade das empresas como um divisor de águas''
Theo Van der Loo, presidente da Bayer no Brasil de 2011 a 2018. A empresa foi uma das pioneiras em programas de inclusão