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E o Brasil se esqueceu de novo das reformas vitais ao país

Com debate concentrado nas eleições dos EUA, governo e Congresso deixaram sair de cena as articulações para rever sistema tributário e administrativo


04/11/2020 04:00 - atualizado 04/11/2020 08:24

Congresso e o governo esqueceram das reformas necessárias ao país(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Congresso e o governo esqueceram das reformas necessárias ao país (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O governo e o Congresso passaram as últimas semanas debatendo o impacto da eleição dos Estados Unidos para o Brasil e acabaram deixando de lado algumas questões fundamentais para o país.

De fato, a escolha do chefe da nação mais poderosa do mundo trará repercussões de todos os  tipos, mas os políticos não podem ficar à mercê da agenda americana.

Duas discussões vitais para eliminar os nós que sufocam o Estado e o ambiente de negócios brasileiros acabaram sumindo de cena. A primeira delas, a reforma tributária, está mais do que atrasada. A promessa era aprovar novas regras fiscais em 2021, mas isso, obviamente, não ocorrerá. Existem três proposições no Congresso, mas elas nem sequer foram submetidas ao escrutínio dos especialistas.

A reforma administrativa, igualmente vital, também ficou para trás. É pequena, para não dizer nula, a chance de o Parlamento alterar neste ano as regras do funcionalismo público. Enquanto isso, as velhas mazelas nacionais continuam a atrasar o desenvolvimento do país.

O salto da NBA no Brasil

A NBA, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos, reforça o interesse no Brasil. No ano que vem, a marca pretende inaugurar duas lojas oficiais no país, ambas em São Paulo. Uma delas, no Morumbi Town Shopping, terá 1,2 mil metros quadrados e será a quarta maior da NBA no mundo. Uma das razões para os novos investimentos é o crescente interesse dos brasileiros pelo basquete americano. Sem considerar os Estados Unidos, o Brasil já é o terceiro maior mercado para o varejo físico da liga.
 

Esses meninos de startups falam que a empresa valerá R$ 10 bilhões em cinco anos. Acho que a única coisa que nasce grande é filho de elefante

Ricardo Roldão, presidente do Roldão Atacadista

 

Influenciadores digitais perdem patrocínios

Os influenciadores digitais sofreram com a crise do coronavírus. É isso o que revela um estudo feito pela agência JeffreyGroup com 250 profissionais da América Latina. Segundo a pesquisa, 66% dos influenciadores relataram que houve redução dos investimentos das marcas – ou seja, quedas de patrocínios. Apesar disso, 54% dos pesquisados informaram que o seu público aumentou no período da pandemia. A quarentena explica: sem trabalho e em casa, as pessoas gastaram mais tempo nas redes sociais.

Burger King faz propaganda de Big Mac

“Pedir um Whopper é sempre melhor, mas comprar um Big Mac também não é uma coisa tão ruim.” Com essa mensagem publicada nas redes sociais, a filial britânica do Burger King, dono do sanduíche Whopper, convida seus clientes a consumir o principal produto do maior rival, o McDonald’s. A ideia da iniciativa não é dar uma força para a concorrência, mas estimular as pessoas a frequentar fast foods, já que o consumo tem sido discreto em tempos de pandemia.


100 bilhões

de mensagens são disparadas todos os dias por WhatsApp, o que corresponde a cinco vezes o sistema global de SMS

RAPIDINHAS


  • Um grupo limitado de pessoas começou ontem a enviar e receber recursos pelo Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. A ferramenta entra em fase restrita de funcionamento para ajustes e correções de problemas, enquanto o BC faz a migração do serviço do ambiente de testes para o mundo real.

  • Por enquanto, o Pix funcionará em horários determinados para um grupo de 1% a 5% dos clientes de cada instituição financeira aprovada para operar a ferramenta. O novo sistema, que entrará em operação para todos os inscritos no dia 16, é vital para a modernização dos sistemas de pagamentos, devendo reduzir custos para pessoas físicas e jurídicas.

  • Os carros autônomos até hoje não entregaram o que prometeram, mas as grandes montadores pretendem investir na tecnologia. A americana Ford projeta vender, em 2021, 100 mil veículos com o sistema “hands-free”, que permite a condução autônoma dos carros em rodovias mapeadas. Volkswagen e Toyota também estão ampliando projetos na área.

  • Depois de cinco altas consecutivas, o Índice de Confiança Empresarial calculado pela Fundação Getulio Vargas caiu em outubro. O discreto recuo (0,4 ponto) não significa que o pessimismo volta  a dar o tom, mas é um sinal de que o ânimo com os rumos da economia brasileira pode ter perdido força.

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