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Dólar perde força e já há quem projete a moeda a R$ 4

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A famosa frase de Edmar Bacha, um dos criadores do Plano Real, nunca foi tão oportuna: “Deus criou a taxa de câmbio apenas para humilhar os economistas”.

No início da pandemia, com os mercados globais em pânico, analistas disseram que a moeda americana poderia encerrar o ano na casa dos R$ 7. Depois de rondar a faixa dos R$ 6 em maio, o dólar perdeu força nos meses seguintes e agora já há quem projete a cotação em torno de R$ 4 – ou até abaixo disso.



Segundo Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora de Câmbio, a moeda americana pode chegar a R$ 3,80 em 2021. Um relatório da Wagner Investimentos estima o valor entre R$ 4,20 e R$ 4,50 nos próximos meses.

O que explica o movimento? A eleição de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos aliviou as tensões do mercado global e aumentou o apetite dos investidores por países emergentes considerados baratos, como o Brasil. No âmbito doméstico, as perspectivas de reformas e privatizações ajudam a valorizar o real.

O peso das distorções tributárias

O ano de 2020 está perto do fim e a reforma tributária não veio. Algumas simples comparações mostram por que ela é urgente. Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os impactos diretos e indiretos dos tributos sobre bens e serviços aumentam em 10,6% o custo de instalação de uma siderúrgica. Em outros países, a distorção não existe. Na Austrália, a tributação eleva em 1,7% o valor do mesmo tipo de investimento. No Reino Unido, o acréscimo é de apenas 0,4%.





Anfavea quer ajudar na distribuição de vacinas

As empresas estão dispostas a dar sua parcela de contribuição para a rápida distribuição da vacina contra o novo coronavírus. A Anfavea, a associação que representa as montadoras, ofereceu espaço dentro das fábricas para a aplicação do imunizante, a exemplo do que faz nas campanhas contra a gripe, e também disse que cederia veículos para o processo de logística. Resta combinar com os governos, que parecem levar a questão mais para o campo político do que técnico.

Compras perto de casa ganham espaço

A pandemia do coronavírus mudou hábitos de consumo. Segundo a pesquisa Shop Small, realizada pela empresa de cartões American Express em sete países da América Latina –  inclusive no Brasil –, as pessoas passaram a dar preferência para os comércios locais: 91% dos consultados declararam ter feito compras nas proximidades de casa. O levantamento também mostrou o tamanho da crise. Para 72% dos comerciantes brasileiros, os últimos meses ficaram marcados pela queda nas vendas.

Rapidinhas
  • A guerra do comércio eletrônico se dá em um campo de batalha movediço: a logística. Não basta apenas ter preço. É preciso ser ágil na entrega. Atenta a essa lógica, a Amazon lançou recentemente no Brasil o programa FBA, que oferece frete rápido e gratuito para produtos vendidos por parceiros de sua loja.



  • Com a iniciativa, os parceiros da Amazon poderão usar os centro de distribuição da empresa no país em vez de estocar e enviar os produtos por conta própria. Atualmente, a companhia garante que entrega qualquer tipo de mercadoria em até dois dias para 500 cidades brasileiras. A ideia é encurtar esse prazo.

  • A maioria das pesquisas mostra que o home office aumentou a produtividade profissional, mas há quem considere que, no longo prazo, o efeito será invertido. Para Michael Corbat, presidente do banco Citigroup, o fato de as pessoas trabalharem 15 ou 16 horas por dia cobrará uma conta pesada no futuro, resultando na inevitável queda de rendimento.

  • Os pequenos negócios tiveram bom desempenho em novembro, segundo estudo realizado pela plataforma de crédito on-line Gyra. A demanda por serviços mecânicos cresceu, por exemplo, 9,7% na comparação com outubro. No ramo de padarias, o movimento aumentou 9,5%. O auxílio emergencial teve papel importante no resultado.



US$ 140 bilhões

é o volume de recursos captados nas bolsas americanas em 2020, acima do recorde de 1999 (US$ 108 bilhões). A safra de aberturas de capital continuará nos próximos dias, com a estreia das ações do Airbnb
 
 




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