Durante a campanha presidencial nos Estados Unidos, muitos gestores e analistas disseram que o democrata Joe Biden seria uma tragédia para o mercado de ações. Eles erraram feio. Um relatório do banco J. P. Morgan revelou que o desempenho do índice S&P 500 desde a posse de Biden é o melhor para os 100 primeiros dias de um presidente dos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Com Biden, o S&P subiu 24,1%. John F. Kennedy detinha o recorde anterior, de 18,5%. No Brasil, a comunidade do mercado financeiro também é adepta de teorias que nem sempre se sustentam na realidade. Boa parte do argumento que essa turma usou para defender Jair Bolsonaro na eleição contra qualquer outro candidato dizia respeito ao potencial de valorização das ações.
Com a promessa da agenda liberal, muitos deles cravaram que o Ibovespa, o principal índice da B3, atingiria as alturas. O que se deu foi o oposto: em 2021, a bolsa brasileira (foto) está entre as piores do mundo.
Com Biden, o S&P subiu 24,1%. John F. Kennedy detinha o recorde anterior, de 18,5%. No Brasil, a comunidade do mercado financeiro também é adepta de teorias que nem sempre se sustentam na realidade. Boa parte do argumento que essa turma usou para defender Jair Bolsonaro na eleição contra qualquer outro candidato dizia respeito ao potencial de valorização das ações.
Com a promessa da agenda liberal, muitos deles cravaram que o Ibovespa, o principal índice da B3, atingiria as alturas. O que se deu foi o oposto: em 2021, a bolsa brasileira (foto) está entre as piores do mundo.
Compra da Hering foi irracional?
A Arezzo, que foi superada pelo Grupo Soma na disputa pela compra da Hering, publicou um curioso comunicado ao mercado. Nas entrelinhas, a empresa diz que a oferta de R$ 5,1 bilhões feita pelo Soma é irracional. O texto assinado por Aline Penna, diretora de relações com investidores, diz o seguinte: “A Arezzo ressalta que seguirá fiel à sua bem-sucedida estratégia de crescimento orgânico e por aquisições, sempre observando a racionalidade e a defesa dos interesses de todos os seus acionistas”.
Junção de forças é tendência no varejo de moda
O varejo de moda passa por intenso processo de consolidação. Antes da transação entre o Grupo Soma e a Hering, a Arezzo havia comprado a Reserva, em outubro do ano passado. Outra operação de peso pode sair nos próximos dias. A Lojas Renner negocia a compra do e-commerce de moda Dafiti, avaliado pelo mercado em R$ 10 bilhões. Nos últimos meses, a pandemia acelerou a junção de grandes marcas. A crise mudou o comportamento do consumidor, que agora quer empresas plenamente digitais.
US$ 102 bilhões
Paixão de executivo fez Mercado Livre patrocinar Flamengo
O Mercado Livre anunciou ontem que pagará R$ 30 milhões para patrocinar o Flamengo pelos próximos 20 meses. Um funcionário da empresa diz que a decisão se deve exclusivamente a Stelleo Tolda, cofundador do Mercado Livre e flamenguista fanático. Tolda estava incomodado com o fato de a Amazon não manter negociações com o clube carioca. “Ele não queria ver o nome de um concorrente na camisa de seu time de coração”, diz a fonte. Isso explica o repentino e surpreendente anúncio.
RAPIDINHAS
É surpreendente a falta de conhecimento dos brasileiros quando o assunto é finanças. Estudo feito pelo Digio, banco digital do Banco do Brasil e Bradesco, constatou que 50% das pessoas que pagam o valor mínimo da fatura do cartão de crédito desconhecem que o saldo devedor será acrescido de juros no próximo vencimento.
A onda do consumo consciente é uma das novas fronteiras do capitalismo. Segundo projeção da consultoria McMillan Doolittle, o mercado mundial de roupas de segunda mão poderá dobrar de tamanho até 2025. Atualmente, o setor movimenta US$ 32 bilhões, podendo chegar a US$ 60 bilhões em no máximo 4 anos.
A agenda ambiental começa a pautar o mercado financeiro. Nesta semana, a gestora Vitreo lançou o primeiro fundo de investimentos em créditos de carbono do país, com aplicação mínima de R$ 1 mil – o que certamente atrairá um bom volume de interessados. Produtos desse tipo são cada vez mais comuns nos Estados Unidos.
A revista Time elegeu o banco brasileiro Nubank como uma das 100 empresas mais influentes do mundo. “Desde que a pandemia começou, a sua base de usuários mais do que dobrou, chegando a 35 milhões de pessoas procurando evitar aglomerações em bancos”, justificou a publicação. Na América Latina, só Nubank e Mercado Livre, da Argentina, integram a lista.