Alguns indicadores são precisos para apontar a temperatura econômica de um país. Se em 2020 o Brasil manteve-se gelado, agora a situação é bem diferente. No segundo trimestre, o país, de fato, esquentou: as compras realizadas por cartões de crédito, débito e pré-pagos cresceram 52% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento. Outra conclusão interessante do estudo diz respeito à inadimplência do cartão de crédito. Em abril, o calote foi de apenas 3,8% do total das transações, o índice mais baixo desde a criação da série histórica do Banco Central. Nesse caso, porém, o motivo não está necessariamente ligado à recuperação econômica. Para a Abecs, o brasileiro está aprendendo a usar o cartão de crédito de forma mais consciente, o que pode ser um sinal da melhor educação financeira da população.
Shoppings atraem lojas temporárias
As lojas temporárias, conhecidas como pop-up stores, viraram tendência nos shoppings durante a pandemia. A grife italiana Bulgari inaugurou recentemente uma unidade desse tipo no shopping Iguatemi, em São Paulo, mas o contrato de locação termina em dezembro. A também italiana Salvatore Ferragmo vai abrir, neste mês, uma pop-up no shopping Pátio Batel, em Curitiba. Na crise, os estabelecimentos temporários funcionam como teste. Se o negócio não emplacar, é só abandoná-lo, sem maiores prejuízos.
Atletas não são super-humanos. Executivos não são super-humanos. Todos nós precisamos entender que temos fragilidades
Fernando Scherer, o Xuxa, duas vezes medalhista olímpico (bronze nos 50m livre em Atlanta-1996 e bronze nos 4x100 livre em Sidney-2000)
CVC corre para vender pacotes da Fórmula 1
O turismo começa a voltar ao normal com a liberação de eventos presenciais pelas autoridades. Há alguns dias, a operadora CVC iniciou as vendas de pacotes para o Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo, principal acontecimento esportivo anual do país. Os programas com hospedagem e ingressos custam entre R$ 1,6 mil e R$ 6,3 mil. No ano passado, no auge da pandemia, o GP Brasil foi cancelado e ausentou-se do calendário pela primeira vez em 47 anos. A edição 2021 será entre 5 e 7 de novembro.
Para ONU, mudanças climáticas ameaçam agronegócio brasileiro
O novo Painel sobre o Clima da ONU trouxe um alerta para o agronegócio brasileiro. Se as metas do Acordo de Paris (pacto climático que os países assumiram para conter o aquecimento global) não forem cumpridas, regiões produtoras no Centro-Oeste serão afetadas. Cenários como secas intensas, maior frequência de incêndios e desertificação são considerados prováveis, o que levará à inevitável queda da produtividade. O relatório traz críticas ao que a organização chamou de “negacionismo ambiental”.
RAPIDINHAS
- A empresa de entregas Rappi trocou de comando no Brasil. A nova responsável pela operação brasileira é a sérvia Tijana Jankovic, de apenas 34 anos. Radicada no país desde 2013, Tijana tem boa experiência em empresas de tecnologia – ela trabalhou no Google e Uber. Sua missão será árdua: o mercado de entregas nunca esteve tão concorrido.
- O aplicativo Zé Delivery, criado pela Ambev em 2016 e que entrega cerveja gelada na casa dos consumidores, finalmente deslanchou. No segundo trimestre, a empresa recebeu 15 milhões de pedidos, o que corresponde a um avanço de 7% sobre o trimestre anterior e o triplo em comparação com o mesmo período de 2020.
- O Barcelona vive situação financeira dramática. No ano passado, o time espanhol teve prejuízos de 97 milhões de euros. Em 2021, o rombo deverá chegar a 487 milhões. As receitas despencaram com estádios fechados, quedas de direitos de transmissão e ações de markeying malsucedidas. Não à toa o clube não quis renovar o contrato de Messi.
- O mercado de moedas virtuais parece iniciar a recuperação depois de enfrentar fortes quedas em julho. O Bitcoin retomou o patamar de US$ 45 mil, mas os especialistas projetam altas maiores. Ainda assim, o valor está distante das máximas alcançadas em abril, quando a criptomoeda foi negociada a US$ 64 mil.
6,6%
foi quanto cresceu o consumo de combustíveis no Brasil no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. O dado é da ANP